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Publicado em 25 de agosto de 2024 às 13:34
Em três decisões na sexta-feira (23), a Justiça Eleitoral determinou, sob pena de multa, a suspensão de propagandas irregulares da coligação Amor pela Serra (PDT, MDB, Podemos, PSB, Psol, Rede, União Brasil), que tem Weverson Meireles (PDT) como candidato à prefeitura no município. As representações foram feitas pela coligação Muda Serra (Republicanos, PRD, PSD, DC), que tem Pablo Muribeca como candidato a prefeito. >
Uma das decisões determinou a suspensão imediata da circulação e colocação de santinhos e windbanners que contém apenas a imagem do atual prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), que apoia Weverson para sua sucessão e não é candidato. >
O juiz Gustavo Grillo considerou que a confecção de material com a imagem exclusiva de Vidigal induz o eleitor ao erro, indicando que o candidato seria o prefeito. A decisão determinou que a coligação interrompa imediatamente a distribuição e providencie o recolhimento e o descarte de todo o material, sob pena de multa de R$ 200 mil por dia. Além disso, as notas fiscais dos materiais deverão ser apresentadas para quantificação de multa.>
Em outra decisão, Gustavo Grillo Ferreira determinou, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, que uma rede social remova uma publicação com uma peça de campanha mostrando Vidigal e Weverson, considerando que a peça também poderia induzir o eleitor a acreditar que o candidato seria Vidigal. A coligação ainda deverá se abster de publicar imagens semelhantes, sob pena de multa de R$ 100 mil.>
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Por fim, em uma terceira decisão, o magistrado viu irregularidades em camisetas de campanhas. Segundo a lei eleitoral, cabos eleitorais podem receber camisetas, mas as peças não podem conter os elementos explícitos de propaganda eleitoral. Nelas, deve constar apenas o logo do partido, da federação ou coligação, ou ainda o nome do candidato. No caso da coligação de Weverson, as camisetas têm o número de urna, o que é vedado.>
Nesse caso, o juiz determinou a suspensão do uso das camisetas, o recolhimento das peças já distribuídas e o descarte, sob pena de multa a ser calculada. Ele também determinou a uma rede social a remoção de uma publicação em que constam fotos das camisetas, sob pena de multa de R$ 50 mil.>
Procurada, a assessoria da campanha se posicionou, em nota: "A defesa do candidato Weverson Meireles (PDT), apoiado pelo prefeito Sérgio Vidigal, já recorreu e contesta a decisão, que é uma tentativa de censurar a campanha. A chapa adversária se incomoda com o fato de Weverson ter o apoio de um prefeito e de uma gestão que são aprovados pela população do município. Querer que um candidato esconda seu apoio é o mesmo que colocar uma mordaça na campanha. Não vamos aceitar".>
"Respeitamos e acreditamos na Justiça, mas a própria decisão diz que se trata de uma 'análise superficial'. Portanto, acreditamos que essa decisão superficial será modificada, a liberdade de campanha restabelecida e que cada candidato poderá mostrar sem amarras suas verdades e seus apoios, porque é assim que funciona uma democracia. Weverson é e continuará sendo o candidato de Vidigal", concluiu o texto.>
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