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Publicado em 22 de outubro de 2025 às 17:14
A menos de um ano das eleições que vão definir o próximo chefe do Executivo estadual, muitas articulações se desenham no mercado político do Espírito Santo, alianças são formadas e nomes vêm e vão como possibilidades na disputa. E o governador Renato Casagrande (PSB), que não pode concorrer à reeleição, tem um papel significativo no processo de sucessão. Hoje, diz ele, o governo tem dois candidatos: o vice Ricardo Ferraço (MDB) e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido). >
Em conversa com a reportagem de A Gazeta sobre as condições de fazer um sucessor e se já teria um candidato definido, Casagrande ressalta que o governo tem muitos aliados, mas que alguns já demonstraram não ter interesse em participar da disputa para ocupar a cadeira no Palácio Anchieta, como o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), que agora planeja concorrer ao Senado Federal; os deputados federais Da Vitória (PP) e Gilson Daniel (Podemos); e o ex-prefeito da Serra Sergio Vidigal (PDT), que se manifestou a favor da candidatura de Ricardo. >
"Mas a gente tem duas lideranças importantes que se colocam como candidatos: Ricardo e Arnaldinho. E vai chegar a hora de a gente tomar a decisão. Hoje, a gente tem a necessidade de mais tempo para poder ir construindo essa unidade. O mais importante é que a gente mantenha o movimento que está em torno do governo, apoiando o governo, que a gente mantenha esse movimento unido, que a gente consiga preservar essas conquistas da sociedade e, ao mesmo tempo, atender aos projetos individuais que são legítimos de cada liderança política", pontua.>
Nos últimos meses, o endosso oficial dos casagrandistas é ao nome do vice, Ricardo Ferraço. O prefeito de Vila Velha, mesmo sendo aliado do governo estadual, "corre por fora" para viabilizar apoio ao seu nome. >
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Além disso, para entrar na disputa, Arnaldinho precisa encontrar abrigo em uma legenda que banque a empreitada. Desde que saiu do Podemos em março, ele já conversou com algumas lideranças partidárias — a mais recente negociação conhecida foi com o deputado Da Vitória, que é presidente estadual do Progressistas. >
Mas, como observou a colunista Letícia Gonçalves em publicação do último sábado (18), o PP não prometeu a Arnaldinho espaço para disputar o Palácio Anchieta porque o partido está federado com o União Brasil, que já declarou apoio a Ricardo Ferraço. Nesta mesma coluna, o prefeito assegurou que só vai entrar na disputa se for para somar porque não quer dificultar a vida de ninguém.>
É em busca dessa unidade, de consolidar um nome para concorrer ao governo nas eleições de 2026, que Casagrande espera fazer o sucessor, após dois mandatos consecutivos no comando do Estado. Ele acredita que o candidato a ser definido, num futuro não muito distante, terá um capital importante, que é a sua gestão bem avaliada. Sobre o próprio destino, o governador diz que está analisando eventual participação na disputa a um cargo eletivo, mas a resposta só será conhecida em março. >
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