O general da reserva Oswaldo Ferreira deve ser ministro da área de Infraestrutura no governo de Jair Bolsonaro. Ele foi elogiado pelo presidente eleito em entrevista na tarde desta terça-feira (06) após visita ao Comando da Marinha. O nome de Ferreira apareceu também em uma lista divulgada pela equipe de transição dos coordenadores de grupos de trabalho. Todos os demais coordenadores indicados já foram confirmados como ministros.
"É um general quatro estrelas, de engenharia. Mas não é porque é um general, é pelo seu conhecimento nessa área. Já construiu muita coisa pelo Brasil, tem conhecimento", disse Bolsonaro, mas sem sacramentar ainda a nomeação.
Ferreira acompanhou a comitiva do presidente eleito nesta terça-feira. Ele coordenou o grupo de militares que atuou na campanha junto com Augusto Heleno, general da reserva que também estará no ministério. Ferreira não foi indicado formalmente para a equipe de transição, mas ele já coordena o grupo de Infraestrutura. Todos os demais coordenadores de grupos que foram anunciados até agora já foram confirmados como ministros: Paulo Guedes, Heleno e Marcos Pontes.
General da reserva, encerrou a carreira no ano passado como chefe do Departamento de Engenharia do Exército, depois de ter atuado também como comandante da região Norte. Participou do início da obra da BR-163, entre o Mato Grosso e o Pará, durante a ditadura militar e assinou no ano passado convênio para que o Exército conclua os últimos quilômetros da obra, o que deve ocorrer até 2019.
Desde o início da campanha Bolsonaro deu diversas declarações sobre indicar um general para cuidar da área de Infraestrutura. O presidente eleito afirmou que essa medida seria importante para evitar práticas de corrupção. A área de Minas e Energia deve ter um ministério separado, ficando a pasta com Transportes, Portos e Aviação. Na mesma entrevista em que elogiou Ferreira, Bolsonaro disse que não está definido o número de ministros que virão da caserna.
"Estamos conversando, não tem nada definido ainda não", afimou o presidente eleito.
Bolsonaro também falou que o general Heleno poderá ser transferido de área. O presidente eleito disse preferir que ele assuma o Gabinete de Segurança Institucional, que é vinculada à Presidência, em vez da Defesa, como anunciado antes. Bolsonaro disse que caberá a Heleno decidir. Presente na coletiva, Heleno respondeu apenas que "vai pensar" sobre a proposta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta