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Publicado em 4 de agosto de 2021 às 17:50
- Atualizado há 4 anos
O julgamento e a condenação em primeira instância, do assassino confesso do ex-governador Gerson Camata aconteceu, nesta terça (3) e quarta-feira (4), no Fórum Criminal de Vitória, na Cidade Alta. O local já foi a sede do Poder Judiciário estadual e, na década de 1980, passou por obras de ampliação. >
Isso ocorreu justamente durante o governo de Camata. Uma placa afixada no quarto andar, na entrada do salão do júri registra: "Reforma e ampliação do Palácio da Justiça. Governador do Estado Dr. Gerson Camata (...) 31/10/85".>
O ex-governador e também ex-senador foi assassinado no dia 26 de dezembro de 2018, em Vitória, por Marcos Venicio Moreira Andrade. Marquinhos, como é conhecido, foi condenado em júri popular a 28 anos de prisão e a pagar indenização de R$ 200 mil reais por danos morais à família da vítima.>
A decisão sobre o destino de Marcos Venicio, que enfrentou júri formado por sete mulheres, foi selada no Fórum Criminal de Vitória. A sentença foi prolatada por volta das 16h30 pelo juiz Marcos Pereira Sanches, que conduziu o julgamento. >
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A família da vítima deve ser indenizada em R$ 200 mil por danos morais, quantia a ser paga pelo assassino. >
O crime ocorreu no dia seguinte ao Natal, em 26 de dezembro de 2018. Gerson Camata havia acabado de comprar um livro e cumprimentava conhecidos em uma calçada na Praia do Canto, em Vitória, quando foi abordado por Marcos Venicio, ex-assessor dele. Aos 77 anos, o ex-governador foi morto com um tiro, um crime que chocou o Espírito Santo.>
Marcos Venicio foi detido em flagrante horas depois do assassinato e, no dia seguinte, a prisão foi convertida em preventiva. Ele é mantido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana II.>
O julgamento
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Em 2019, o ex-assessor confessou o crime em interrogatório prestado ao juiz Felipe Bertrand Sardenberg Moulin, da 1ª Vara Criminal de Vitória. Na ocasião, afirmou que não premeditou o crime e que saber que tirou a vida do ex-chefe é uma “tortura diária”. "O presídio é muito duro, mas mais duro ainda é saber que tirei a vida dele", disse Marcos Venicio, de acordo com a transcrição das declarações prestadas por ele em juízo, na época.>
Assessor de Camata por 20 anos, Marquinhos foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPES) pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. >
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