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Explosivo colocado na casa de candidato a prefeito ainda é mistério no ES

Explosivo colocado na casa de candidato a prefeito ainda é mistério no ES

O artefato foi instalado na porta da casa do então candidato a prefeito Paulo Coradini, que disputou o cargo na última eleição, mas não foi eleito

Publicado em 11 de dezembro de 2020 às 10:15

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Militar realiza visualização do material explosivo, no portão da casa de candidato a prefeito, em Governador Linbenberg
Militar trabalha no caso do material explosivo em Governador Lindenberg. (Frame/Vídeo)

Mais de um mês depois, ainda é um mistério o caso envolvendo um artefato explosivo que foi colocado na porta da casa de Paulo Coradini (PSB), então candidato a prefeito de Governador Lindenberg, no Noroeste do Estado. De acordo com a Polícia Civil, o episódio continua sendo apurado e nenhuma linha de investigação está descartada. Até o momento, nenhum suspeito foi detido.

O fato ocorreu dias antes do primeiro turno das eleições, na cidade que tem pouco mais de 10 mil habitantes, e chamou a atenção dos moradores do Espírito Santo. 

Agente trabalha no caso do explosivo em Governador Lindenberg
Agente trabalha no caso do explosivo em Governador Lindenberg . (TV Gazeta Noroeste | Reprodução)

Ainda segundo a polícia, a delegacia aguarda a conclusão dos laudos periciais do local. Questionada pela reportagem de A Gazeta, a PC não informou qual o prazo para a conclusão desses laudos e do inquérito. 

A Polícia Civil informou ainda que, como os especialistas do Esquadrão Antibomba realizaram a detonação imediata do artefato, a perícia não foi realizada no explosivo.

Paulo Coradini, procurado por meio de seu advogado, disse que já prestou depoimento e, até o momento, não possui informações acerca da investigação policial e aguarda resultado o mais breve possível considerando a gravidade do fato.

CORADINI NÃO FOI ELEITO 

O político já foi prefeito do município entre 2013 e 2016. Desde então, ele não tentou reeleição e voltou a se candidatar em 2020. Nas eleições deste ano, Paulo Coradini ficou em segundo lugar, com 32,85% do eleitorado (2.176 votos).

Paulo Coradini (PSB) não foi eleito em Governador Lindenberg
Paulo Coradini (PSB) não foi eleito em Governador Lindenberg . (Redes Sociais / Divulgação)

Único adversário de Corandini na disputa, Leonardo Finco (Cidadania) foi eleito com 67,15% dos votos. Foram 4.449 votos no total. A eleição em Governador Lindenberg teve ainda 18,76% de abstenção, 1,42% votos brancos e 4,58% votos nulos.

O CASO

Morador do interior de Governador Lindenberg, às margens da rodovia ES 245, Coradini contou que, por volta das 5h40, do dia 7 de novembro, saiu de casa para jogar o lixo fora. Ele tentou sair pelo portão maior da residência, que não abriu. Foi quando o político decidiu sair pelo portão menor e viu o artefato bem próximo à entrada da garagem dele.

Dentro da casa estavam, além do político, a esposa de Coradini, dois filhos gêmeos de 1 ano e 7 meses, um sobrinho de 20 anos e uma amiga. Coradini e a família foram retirados da residência.

Além do artefato, foram deixadas pichações ameaçadoras no muro da casa, com os dizeres: "Veja seus filhos. Cala a boca. Cuidado". Para atendimento da ocorrência, a Rodovia ES 245 precisou ser interditada por algumas horas. Coradini chamou a Polícia Militar e o Esquadrão Antibombas também foi acionado.

Material estava no portão da casa(Reprodução/ TV Gazeta)

Os especialistas chegaram ao munícipio em um helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer). A operação causou alvoroço na cidade, e muitos curiosos começaram a se reunir para acompanhar o que estava acontecendo.

Depois do trabalho realizado pelos militares, a detonação do material ocorreu por volta das 16 horas, em uma estrada de terra que fica do outro lado da pista da residência do político, na ES 245. (Veja vídeo abaixo)

A Polícia Militar confirmou, após a detonação, que o artefato encontrado na porta da casa de Paulo Coradini era explosivo. Entretanto, a PM informou que "a equipe não conseguiu verificar o tipo e a quantidade, pois a proximidade com o portão [da casa] dificultava o trabalho de desconectar os fios do artefato, que possuía um circuito de detonação que provavelmente poderia disparar caso fosse aberto".

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