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Economista: decisão de reajuste a ministros é 'inoportuna e injusta'

Economista: decisão de reajuste a ministros é "inoportuna e injusta"

Gil Castello Branco é fundador e secretário-geral da Associação Contas Abertas; leia análise

Publicado em 8 de novembro de 2018 às 02:24

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"Inoportuna e injusta". Assim o economista, fundador e secretário-geral da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco, classifica a decisão tomada nesta quarta-feira (7) pelo Senado, que aprovou o aumento de salário dos ministros do Supremo Tribunal (STF), de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. A medida gera um efeito cascata nos salários de todo o funcionalismo público.

Gil Castello Branco. ( Divulgação)

Para o economista, a medida não só desencadeará mais despesas para os cofres públicos no momento em que o país gasta mais do que arrecada, como também não reflete a realidade enfrentada pela maioria dos brasileiros. Confira a análise:

"A meu ver trata-se de um ato de irresponsabilidade fiscal em um país que tem um déficit de R$ 139 bilhões estimado para o ano que vem. Isso não só impacta imediatamente no aumento das despesas em Brasília, como também nos Estados e pode desencadear aumentos em outros Poderes para além do Judiciário. Se está havendo aumento para os ministros do Supremo, que é o teto das despesas com pessoal da União, poderão os deputados e senadores pleitearem pela equiparação. Mas além de inoportuna, acho a medida injusta, pois enquanto essa recomposição salarial acontece para um segmento de servidores públicos que já recebem mais benefícios e têm estabilidade na carreira, a maioria dos trabalhadores brasileiros da iniciativa privada vem abrindo mão dos salários que antes recebiam para conseguir manter seus empregos."

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