A disputa pelas duas vagas do Espírito Santo que estão em jogo para o Senado pode resultar na reeleição dos dois parlamentares que encerram o mandato este ano. O senador Magno Malta (PR) tem 44,7% das intenções estimuladas de voto, seguido pelo também senador Ricardo Ferraço (PSDB), com 42,1%.
Os dados são da pesquisa realizada pelo Instituto Futura, encomendada pela Rede Gazeta, em um cenário estimulado, onde o eleitor tem acesso aos nomes de possíveis candidatos e é orientado a escolher dois nomes, uma vez que este ano a população vai eleger dois senadores. (Veja gráficos abaixo)
Seguindo Magno e Ricardo, em terceiro lugar, aparece o deputado estadual Amaro Neto (PRB), com 32%. Na sequência, o delegado Fabiano Contarato (Rede) registra 11% das preferências; o deputado estadual Sergio Majeski (PSB) alcança 8,1% e o consultor de segurança Marcos do Val (PPS) teria 5,5% se as eleições fossem hoje. Brancos e nulos somam 30,5% e os indecisos ainda são 26,1%.
Avaliando os resultados da pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, o índice daqueles que ainda não se decidiram é ainda mais significativo: 69,6%. Como a concorrência é por duas cadeiras, os eleitores podiam citar mais de uma opção de resposta. No entanto, somente 4,5% dos participantes mencionaram dois nomes.
Os pré-candidatos alcançaram colocação semelhante à da pesquisa estimulada, com Magno na liderança, com 8,4%, Ferraço com 6,3% e Amaro com 3,8%. Logo depois vem o ex-governador Renato Casagrande (PSB), com 1,9%.
Cenário
Casagrande já anunciou pré-candidatura a governador. No entanto, visto que nos últimos meses chegou a ser cotado para disputar o Senado, a Futura também testou um segundo cenário estimulado, com o socialista entre os nomes.
Com Casagrande no páreo, Magno e Ferraço também receberam o maior número das intenções de voto, mas com uma redução do percentual para 38% e 33,5%, respectivamente, enquanto o ex-governador fica na quarta colocação, com 27,1%, depois de Amaro, que aparece com 30%.
O diretor do Instituto Futura José Luiz Orrico esclareceu que, como Casagrande também constou no questionário para o cargo de governador, respondido pelos mesmos entrevistados antes da pesquisa ao Senado, isso pode ter trazido reflexos para o resultado.
Rejeição
Quanto à rejeição, Magno também foi o mais citado, com 22,5%, seguido por Ricardo, com 14,1%, e Amaro, com 13,3% dos eleitores que disseram não votar nele em nenhuma hipótese.
ANÁLISE
José Luiz Orrico - Diretor da Futura
"O maior destaque é que 70% não têm candidato, o que começa a eleição ainda num processo muito indefinido, muito mais do que o do governo do Estado. E há ainda um problema mais grave, que é a prioridade do eleitor.
Ele vai ter que votar em seis candidatos, entre eles o candidato a presidente e a governador, que são os prioritários, depois a deputado estadual, que é o cara que ele conhece, o candidato a federal, normalmente aliado do cargo de estadual e, por fim, o candidato a senador, que é eleito para oito anos. A decisão de voto para senador não é muito pensada, equilibrada, coordenada.
Desde 1986 só se elegem lideranças tradicionais, aqueles que já são políticos há algum tempo. Pode ser por isso que os dois candidatos mais citados já são senadores."
Registro
O Instituto Futura realizou 800 entrevistas face a face com o eleitor em 20 municípios do Espírito Santo, entre os dias 10 e 12 de abril de 2018. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos e a confiabilidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número ES-04600/2018.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta