Repórter / [email protected]
Repórter / [email protected]
Publicado em 21 de outubro de 2024 às 13:05
O último debate com os candidatos a prefeito da Serra, antes do segundo turno das eleições, que acontece no próximo domingo (27), marcou o confronto direto entre o ex-secretário de Estado do Turismo Weverson Meireles (PDT) e o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos). >
No encontro realizado por A Gazeta e CBN Vitória, nesta segunda-feira (21), os dois postulantes ao cargo de chefe do Executivo serrano tiveram a oportunidade de apresentar seus projetos para a gestão da cidade. No entanto, o encontro teve poucas propostas e foi permeado por trocas de ironias, farpas e questionamentos às alianças políticas firmadas.>
Quem abriu a rodada de perguntas foi Pablo Muribeca. O parlamentar questionou Weverson sobre suas propostas para a área da Saúde na Serra. Ainda na introdução de sua pergunta, o candidato do Republicanos fez críticas à gestão de Sergio Vidigal (PDT), atual prefeito do município, afirmando que a administração pedetista tem sido negligente com a saúde pública.>
Em sua resposta, Weverson rebateu a afirmação de Muribeca de que seu grupo político, liderado por Vidigal, comanda a cidade há trinta anos. Na sequência, disse que pretende, caso eleito, construir mais sete unidades de saúde, bem como centros regionais de especialidades.>
>
Na réplica, o deputado voltou a citar a gestão de Vidigal e investiu na narrativa de que, por ter morado em Vitória, Weverson desconhecia, segundo ele, os problemas da cidade. Ele ainda prometeu ampliar o horário de atendimento nos postos médicos do município. >
Na continuidade do debate das propostas para a saúde, os candidatos trocaram críticas sobre as alianças políticas firmadas na corrida eleitoral pelo comando do Executivo. Weverson ironizou a aliança entre Muribeca e o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), reeleito em Vitória. O candidato pedetista questionou o deputado de que forma o mandatário da Capital ajudaria em melhorias para a Serra.>
O candidato do Republicanos, por sua vez, voltou a questionar a relação de Weverson com a cidade que pretende governar, insistindo que ele não é morador da Serra e que teria se aproximado da cidade apenas no período eleitoral. O pedetista, por outro lado, antes de indagar a Muribeca sobre suas propostas visando ao enfrentamento da violência doméstica, disse que as falas do parlamentar eram baseadas em informações falsas.>
O segundo bloco do debate trouxe seis perguntas com temas pré-definidos voltados para a segurança pública, saúde, mobilidade urbana, meio ambiente e educação.>
Muribeca foi o responsável, mais uma vez, por abrir a rodada. Com mais críticas à atual gestão da Serra, o candidato do Republicanos perguntou a Weverson quais suas propostas para ampliar o número de vagas nas creches e escolas da cidade. Em sua resposta, o pedetista frisou que o município conta, atualmente, com oito escolas em tempo integral e que, caso seja eleito, pretende aumentar esse número em 50%.>
Na réplica, Muribeca direcionou novas ironias a Weverson, chamando de "balela" as propostas do candidato. O parlamentar prometeu construir até quatro creches de tempo integral, por ano, se for eleito para assumir a prefeitura.>
No mesmo bloco, os candidatos também discutiram as propostas para a redução do excesso de velocidade nas vias e mortes no trânsito. Perguntado sobre seus projetos para a área, Muribeca disse que pretender implantar o que chamou de "sinal de três tempos" nos trechos com maior incidência de acidentes. Weverson foi mais amplo em sua resposta e prometeu, entre outras medidas, a terceira ligação entre Vitória e a Serra, bem como a busca por parcerias com o governo do Estado para agilizar a municipalização do trecho serrano da BR-101.>
O terceiro bloco do debate foi dedicado às perguntas dos jornalistas de A Gazeta sobre as propostas de governo para a cidade, mas também teve tema relacionado a alianças político-partidárias.>
O candidato Weverson, por exemplo, foi indagado sobre as razões pelas quais seu partido, o PDT, rechaçou o apoio declarado pelo ex-candidato a prefeito pelo PT na cidade, o ex-deputado estadual Professor Roberto Carlos. Em sua resposta, o pedetista reforçou o que havia sido divulgado em comunicado enviado pela direção da legenda no dia 12 deste mês, sustentando que desde 2012 as duas siglas não se aliam no município.>
Nesse bloco, os dois candidatos também foram perguntados sobre temas sensíveis às duas candidaturas, tendo em vista o perfil conservador de parte do eleitorado serrano. Muribeca, especificamente, teve de responder se, caso eleito, pretende investir em políticas voltadas para população LGBTQIAPN+. Ao responder, o candidato disse que não pretende investir recursos da prefeitura, se conseguir se eleger, em projetos para essa parcela da população. >
Weverson, na sequência, respondeu sobre a carta que assinou visando ao apoio de pastores da Assembleia de Deus na Serra, em que firmou o compromisso de "cumprir a palavra de Deus". Segundo o candidato, a assinatura do documento estaria relacionada ao comprometimento com valores cristãos e da família. >
Ele ainda aproveitou seu tempo de resposta para dizer que é contra a ideologia de gênero nas escolas, ao contrário do que tem afirmado seu oponente, conforme o candidato.>
A quarta rodada do debate com os candidatos a prefeito da Serra registrou novas trocas de ironias e acusações entre os dois postulantes ao posto. Muribeca voltou a insistir que Weverson não era morador do município que pretende governar. O candidato do PDT devolveu a provocação chamando o deputado de "rei das fake news".>
O último bloco foi reservado para as considerações finais dos dois candidatos. Muribeca se despediu agradecendo pela oportunidade de participar do encontro e afirmou que "os ataques que sofre durante a campanha não vão o impedir de continuar lutando pelo povo da Serra". >
Já o candidato Weverson agradeceu "a Deus e a população da Serra por colocá-lo no segundo turno". Reforçou que nos minutos finais não atacaria ninguém e que iria dar continuidade ao projeto do atual prefeito, Sérgio Vidigal, mas que não faria isso no grito e sim com propostas técnicas.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta