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Corrupção na Codesa: PF cumpre oito mandados em segunda fase de operação

Corrupção na Codesa: PF cumpre oito mandados em segunda fase de operação

Estão sendo cumpridos nesta terça-feira (24) oito mandados de busca e apreensão no Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal

Publicado em 24 de janeiro de 2023 às 15:47

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Complexo Portuário de Vitória, Companhia Docas do Espirito Santo, (Codesa)
Companhia Docas do Espirito Santo (Codesa). (Fernando Madeira)

Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (24), a segunda fase da Operação Corsários, que apura a atuação de uma suposta organização criminosa na Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), empresa que administra o Porto de Vitória..

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda durante a manhã. 

A Gazeta apurou que, dos oito mandados, quatro foram cumpridos no Espírito Santo, três em São Paulo e um no Distrito Federal. O caso está no Supremo em razão do envolvimento de autoridade com foro por prerrogativa de função.

Na primeira fase das investigações, a senadora Rose de Freitas (MDB) foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Três pessoas, incluindo o irmão e o primo da parlamentar, foram presas.

Corrupção na Codesa PF cumpre oito mandados em segunda fase de operação
PF deflagra a 2ª fase da Operação Corsários
PF deflagra a 2ª fase da Operação Corsários. (PF/Divulgação)

A Polícia Federal afirma que os investigados devem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de peculato, crimes licitatórios, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal não divulgou os nomes dos suspeitos que foram alvos dos mandados nesta terça-feira. O processo está sob sigilo de Justiça.

O que dizem Rose de Freitas e a Codesa

Em conversa com A Gazeta, na tarde desta terça-feira (24), a senadora Rose de Freitas afirmou que não tem conhecimento da operação.

"Na primeira fase da operação, falavam sobre uma casa que eu tinha construído há seis anos com dinheiro da Codesa. Minha casa tem 42 anos. Esse é o objeto principal da ação deles. Eu desconheço, eu não tenho acesso ao processo, meu advogado não tem, está tudo sempre correndo em sigilo", declarou.

"Você não sabe quais são os propósitos. Na primeira fase, colocaram alguém que era meu primo, mas que não era o meu primo. Eu, realmente, não tenho muita coisa a responder, o que eu gostaria é de ter acesso às informações, para que eu possa me defender dignamente", finalizou Rose, por telefone. 

Em nota, o Porto de Vitória destacou que a investigação conduzida pela Polícia Federal na Operação Corsários está relacionada a períodos anteriores ao processo de desestatização.

"Cumpre esclarecer que supostas ilicitudes praticadas, ora objeto de escrutínio e apuração, ocorreram antes que a companhia fosse transferida à gestão privada, em setembro de 2022"

Ainda segundo a empresa, o "Porto de Vitória se colocará à disposição das autoridades competentes para colaborar irrestritamente com as investigações em curso".

Primeira fase da Corsários 

A Operação Corsários investiga um suposto esquema de corrupção na Codesa. Na primeira fase, em maio de 2021, dois mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e empresas no Espírito Santo, nos municípios de Vitória, Cariacica e Serra, e também em Brasília.

Foram investigados os crimes de concussão, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa, fraude a licitações e lavagem de capitais.

A Polícia Federal não divulgou o nome dos presos, mas, na época, A Gazeta apurou que Edward Dickson de Freitas, irmão da senadora Rose de Freitas, e Ricardo Saiter Mota foram presos após mandados de prisão temporária serem expedidos pelo STF. Eles foram soltos cinco dias depois.

Durante a operação, uma terceira pessoa foi presa em flagrante em Brasília por porte ilegal de arma de fogo. Como o crime é afiançável, ela pagou a fiança e foi liberada. O valor não foi divulgado.

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