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Câmara dos Deputados faz homenagem aos 90 anos da Rede Gazeta

Câmara dos Deputados faz homenagem aos 90 anos da Rede Gazeta

Sessão solene faz homenagem à história da Rede Gazeta, que contribui para o desenvolvimento do Espírito Santo há 90 anos

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 14:27

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Homenagem na Câmara: o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, o deputado Sérgio Vidigal, o diretor-geral da Rede Gazeta, Carlos Fernando Lindenberg Neto (Café), o deputado Marcus Vicente, a diretora de Transformação da Rede Gazeta, Letícia Lindenberg e o secretário-chefe Casa Civil do governo do Espírito Santo, José Carlos da Fonseca (Zé Carlinhos). (Rafael Zambe)

Na manhã desta terça-feira (13) a Câmara dos Deputados, em Brasília, fez uma sessão solene em homenagem aos 90 anos da Rede Gazeta.

O deputado federal Carlos Manato (PSL) deu início aos trabalhos, por volta das 9h50, com a leitura de um texto escrito pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Em seguida, foi exibido no telão da Câmara um vídeo sobre os 90 anos da Rede Gazeta. A homenagem foi proposta pelo deputado Marcus Vicente (PP).

Participam da sessão solene o diretor-geral da Rede Gazeta, Carlos Fernando Lindenberg Neto (Café), a diretora de Transformação da Rede, Letícia Lindenberg, o diretor de Tecnologia da empresa, Paulo Cano, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e os parlamentares Marcus Vicente (PP), Lelo Coimbra (PMDB), Carlos Manato (PSL), Sérgio Vidigal (PDT), além do secretário-chefe da Casa Civil do Espírito Santo, José Carlos da Fonseca, o Zé Carlinhos.

Em 2016, a TV Gazeta completou 40 anos e também foi homenageada em uma sessão solene na Câmara dos Deputados.

90 anos

Há 90 anos, a Rede Gazeta leva informação de credibilidade aos capixabas e contribui para o desenvolvimento do Espírito Santo. A empresa teve início em 11 de setembro de 1928 – com a fundação do jornal A GAZETA – e hoje reúne diversos negócios na área de comunicação.

Para comemorar os 90 anos, a Rede Gazeta é porta-voz de um movimento de valorização, o "Somos Capixabas". Programa na TV Gazeta e reportagens em A GAZETA, Notícia Agora, CBN Vitória e Gazeta Online são algumas das ações que a Rede Gazeta vem promovendo desde o início no ano.

O DISCURSO DE CAFÉ LINDENBERG, DIRETOR-GERAL DA REDE GAZETA

(Reprodução)

Excelentíssimo Sr.

Deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.

Exmos parlamentares capixabas, a quem cumprimento saudando ao deputado Marcus Vicente, grande amigo que nos honrou com a proposição desta sessão solene.

Caros amigos do Espírito santo, que prestigiam esta sessão solene da Câmara dos Deputados em homenagem aos 90 anos da Rede Gazeta;

prezados colegas da rede, acionistas, familiares, senhoras, senhores.

Bom dia a todos.

Dois anos após o desafio de transmitir, nesta mesma tribuna, a emoção que nós da Rede Gazeta sentimos ao sermos homenageados quando celebramos 40 anos de serviços prestados à nossa comunidade através da TV Gazeta, retorno com outra importante missão. Desta vez, a tarefa é demonstrar toda a gratidão de nossa empresa e seus mais de 800 colaboradores por ocasião desta homenagem às nove décadas de atuação do nosso grupo, através da fundação de seu primeiro veículo, o jornal A Gazeta, ocorrida 11 de setembro de 1928.

A tarefa que cumpro agora não é das mais fáceis e, ao trazer novamente à minha memória meu saudoso avô, Carlos Lindenberg, adquire contornos ainda mais emocionais. Volto a recordar-me da figura serena e carinhosa com quem convivi por mais de 30 anos. Dr Carlos teve presença profícua aqui neste Congresso, onde cumpriu dois mandatos como deputado federal constituinte, tendo também ostentado em sua brilhante carreira política dois outros mandatos parlamentares como senador, sendo o último entre 1967 e 1974, já aqui em Brasília.

Durante as décadas de 1950 e 1960, após ter sido adquirido pelo grupo liderado pelo meu avô, o pequeno jornal prosperou como negócio. Doutor Carlos confiou a seu filho, Cariê, a missão de tornar A Gazeta um jornal a serviço da sociedade capixaba. Com a entrada de meu pai, a história de A Gazeta tomou outra dimensão.

Com Cariê, veio a TV Gazeta. Fruto de um misto de arrojo, ousadia e determinação, e guiado pela certeza de que um jornal não sobreviveria sem um forte canal de televisão a o apoiar, o sonho de meu pai se materializou e formamos hoje uma rede de comunicação.

A Rede reúne hoje 19 negócios do setor de comunicação, na sua sede, em Vitória, e nas unidades regionais espalhadas pelo Estado.

Na memória da humanidade, esses últimos noventa anos têm a curta duração de relâmpago. Mas na memória do homem, noventa anos são uma vida. Podem ser mesmo uma eternidade.

A memória da humanidade se conta em séculos. É marcada apenas pelos grandes fatos transformadores da vida. A memória do homem é esculpida pelos feitos menores, na rotina das coisas que se repetem.

Uma empresa jornalística é ao mesmo tempo a memória dos que a fizeram e da comunidade a que serve. Quando faz 90 anos, como a Rede Gazeta, pode ser jovem perante o Espírito Santo, o Brasil e as responsabilidades da história. Mas diante de todos nós, que a vivemos no dia a dia, parece realmente um tempo respeitável e cheio de emoção.

No Brasil, pouco mais de 5% das empresas duram sequer até dez anos. No ramo das empresas jornalísticas, o futuro é ainda mais instável, porque muitas desaparecem sem deixar rastros.

Tendo vivido 90 anos úteis e produtivos, a Rede Gazeta tornou-se um acontecimento na história do Espírito Santo. E não terá sido sem méritos.

Nós, da mídia, sofremos todas as dores do mundo, porque exalamos as dores do mundo. Nele estão os sofrimentos da pobreza, os anseios dos mais humildes, as desesperanças dos perseguidos, os lamentos dos injustiçados.

Mas nós, da mídia, vivemos também os registros dos grandes feitos, as glórias que o seu mundo vai alcançando na vida pública, empresarial e cultural. Sendo a síntese, é, portanto, um espelho onde podemos mirar a qualquer tempo a memória das gentes. Há em tudo isto muita coisa de que se orgulhar e muita coisa de que se envergonhar.

Hoje, por ocasião desta homenagem, o dia é de comemoração, portanto, dia de lembrar do que nos faz sentir orgulho. e, excelências, senhoras e senhores, quero expressar todo o meu orgulho em fazer parte dessa história.

Orgulho por ter à disposição um sólido conjunto de valores, quase como um manual de instruções, para nos guiar. Os mesmos valores que vêm sendo cultivados pelos que me antecederam há décadas e que ainda hoje são expressos com clareza em nosso ideário.

A diversificação das nossas frentes de atuação não mudou o DNA da empresa, que continua sendo a informação de qualidade, rápida e precisa. É com esse trunfo em mãos que cumprimos nossa missão, que é ajudar as pessoas a viver melhor, a exercer plenamente sua cidadania, a tomar melhores decisões. Com isso, ajudamos também o Estado a crescer.

Essas nove décadas de sucesso que comemoramos agora só foram possíveis porque, em cada um dos mais de 32 mil dias da estrada, sempre colocamos nosso público em primeiro lugar. Todos os produtos e serviços oferecidos pela Rede Gazeta, como jornais, rádios, TV, portais e agência de notícia, buscaram ao longo desses anos não apenas traduzir os desejos da população do Estado, mas também atuar na concretização desses sonhos.

Acreditamos que uma imprensa ética, responsável, é um dos pilares da democracia – conceito valioso certamente cultivado por todos os presentes aqui nesta cerimônia. Das linotipos que ajudavam a confeccionar os jornais aos smartphones, muita coisa mudou ao longo da nossa história. Mas não os nossos valores e muito menos nosso compromisso com o Espírito Santo.

Assim como toda a imprensa séria e compromissada, a Rede Gazeta funciona como os olhos e ouvidos da sociedade. Sempre que necessário, cobramos ações das autoridades, fiscalizamos a boa aplicação dos recursos públicos, denunciamos abusos cometidos por empresas ou governos. Mas também fazemos questão de participar ativamente das soluções, de trabalhar lado a lado com nossos leitores, ouvintes, telespectadores e com as instituições republicanas e suas lideranças, para tornar nosso país mais forte.

Sinto muito orgulho por ter recebido a missão de comandar uma empresa tão rica de talentos e muito consciente da responsabilidade que carrega há 90 anos, mais de 60 deles com a minha família.

Esteve com meu tio, Eugênio Queiroz, esteve com meu pai, Cariê, até alguns anos atrás, agora está comigo. uma espécie de corrida de revezamento com passagem de bastão. Dá mesmo um frio na barriga, ao olhar para esse ambiente atual. tão desafiador para o jornalismo.

Receber, em confiança de minha família, a missão de comandar uma empresa tão rica de talentos, tão viva, tão vibrante, e muito consciente da responsabilidade que carrega em sua rotina diária de trabalho. É motivo de grande honra para mim. honra que vem acompanhada da responsabilidade de encontrar caminhos que nos assegurem um futuro próspero ao nosso projeto empresarial.

Vivemos a realidade de um momento de intensas transformações na sociedade, que para mim só deixa claro uma certeza: os méritos que nos trouxeram até aqui, sozinhos, não vão nos capacitar para continuarmos nossa caminhada até os 100 anos. é preciso mais. é preciso ser ainda melhor do que somos.

São raros os momentos em que uma tecnologia impactou de imediato a sociedade, a ponto de promover mudanças tão rápidas e radicais nos hábitos da população e nos negócios de todos os setores, em escala planetária. A internet fez isso: a conectividade à rede vem transformando a maneira como as pessoas se relacionam, a forma de interagirem com seu mundo e os hábitos de consumo de informação.

No campo dos negócios essa realidade não é menos desafiante. A publicidade, principal ferramenta de negócios e de sustentabilidade da indústria da comunicação de massa, encontra nos dias de hoje novos veículos para atingir o público consumidor. Nesse campo a concorrência se dá contra plataformas mundiais de tecnologia, que operam em larga escala no mundo todo. se por um lado elas prestam inestimável serviço aos usuários, por outro, de maneira geral, não são regidas pelas mesmas regras legais e tributárias que os veículos de comunicação. essas empresas vêm ocupando crescente fatia do bolo publicitário no mundo.

E, adicionalmente às complexas questões com que lidamos no nosso dia a dia, temos um novo mundo em que notícias falsas e potencialmente danosas se espalham com um clique. nesse mundo, a informação precisa e confiável nunca foi tão importante. Por isso temos a certeza que nossa missão é nobre.

Somos uma empresa familiar, em vários sentidos, mas temos um diferencial importante. Sabemos qual o nosso papel como empresa jornalística. A noção de que cuidamos de algo que em essência é um patrimônio público é o insumo para refletirmos diariamente sobre as decisões que tomamos.

Aqui vai uma revelação: escrevi esse discurso a quatro mãos, junto com meu pai, Cariê. Apropriei-me de longos trechos, extraídos integralmente de uma fala proferida por ele há 40 anos, por ocasião do lançamento da pedra fundamental da construção de nossa sede. Os trechos retratam a jornada de um homem com uma visão à frente de seu tempo, que segue nos inspirando em nossa jornada.

Mais do que palavras bonitas, esse discurso que muito me emocionou quando o ouvi pela primeira vez quando abrimos a cápsula do tempo que o continha, marca uma profissão de fé no jornalismo e a consciência clara de que temos uma missão importante para cumprir, que precisa ser construída tijolo por tijolo, palavra por palavra, edição por edição, dia após dia...

As palavras de meu pai carregam um ideal que atravessa gerações e que esperamos que continue sendo a nossa essência.

Ao celebrar 90 anos, a Rede Gazeta renova, diante de vossas excelências, seu compromisso com toda a comunidade do Espírito Santo e do Brasil, por meio de um jornalismo independente e plural, para promover o desenvolvimento socioeconômico e cultural do país.

Nosso contínuo investimento na comunicação – em todas as suas formas – interpreta nossa fé permanente em nosso país e nossa compreensão de que não podemos ficar estáticos diante do tempo. Devemos ser dinâmicos, ativos, empreendedores, modernizadores. só assim poderemos estar à altura dos novos tempos – esses novos tempos tão cheios de exigências materiais e morais. tempos de incertezas, mas também de prosperidade, e sobretudo, tempos de perplexidade.

Tempos em que o homem cresce, mas talvez não se encontre, antes talvez se desencontre de maneira definitiva, se não houver entre nós alguns instrumentos de luz e coesão, como a imprensa!

Agradeço a todos pela companhia nessa jornada e convido para uma parceria ainda mais forte nas décadas que certamente virão.

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Muito obrigado pela homenagem!!!

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