Na semana em que os políticos que querem disputar as eleições começam a deixar seus cargos, o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), sacramentou que, de fato, não será candidato a nada este ano e vai terminar o mandato na Prefeitura da Serra, em 2020.
O anúncio foi feito aproveitando a visita da presidenciável Marina Silva (Rede) ao Estado para a filiação do corregedor-geral do Estado, Fabiano Contarato, pré-candidato a senador.
Desde o ano passado, Audifax e lideranças da Rede, inclusive a própria Marina, reforçavam que o partido deveria ter um candidato a governador em todos os Estados. E ele, por ser a maior liderança redista do Espírito Santo, teria que abrir mão do cargo de prefeito para ser candidato.
No momento, nossa prioridade enquanto Rede são as candidaturas da Marina, do Senado, e de deputado estadual e federal. Vou continuar como prefeito da cidade. Eu entendo que eu preciso terminar essa minha tarefa, afirmou.
Marina esclareceu que isso não prejudica o partido. Nós decidimos que gostaríamos de ter candidatura ao governo e ao Senado em todos os Estados, tanto quanto possível. Se temos uma candidatura ao Senado, já é uma base, disse a ex-ministra.
IDENTIDADE
Após ter ensaiado disputar o Senado em 2014, pelo PR, e abandonado a disputa após nove dias de campanha, Contarato passou pelo PSDB em 2015 e hoje afirma ter encontrado, na Rede, a sigla com sua identidade.
Hoje me coloco como um soldado em um partido com o qual me identifico. Deus sabe o que faz. Assim como tive a ombridade de dizer, lá atrás, que por esse caminho eu não quero, hoje estou aqui para dizer que aqui é o meu lugar, afirmou.
Contarato já colocou o cargo à disposição do governo e até a campanha começar vai voltar a atuar como delegado da Polícia Civil, seu cargo efetivo.
No governo do Estado, os secretários de Agricultura, Octaciano Neto (PSDB), e de Desenvolvimento Urbano, Rodney Miranda (PRB), deixam o governo na sexta-feira. Outros nove nomes também estão prestes a se desligar de seus cargos.
ALIANÇAS
Durante a coletiva de imprensa, Marina evitou se posicionar sobre as alianças da Rede para as eleições a governador, delegando a tarefa a Audifax. No tabuleiro estadual, o prefeito se mantém hoje mais próximo da senadora Rose de Freitas (PMDB), mas já foi do partido de Renato Casagrande (PSB) e mantém boa relação com o governador Paulo Hartung (PMDB).
Nós respeitamos todos os nomes colocados, mas essa definição se dará no tempo certo, e dependerá de um conjunto de forças. Mas é fundamental que o nome que apoiaremos defenda a candidatura de Marina para presidente, declarou o prefeito.
No campo nacional, Marina evita inserir a Rede no campo de alianças dos grandes partidos. Somos uma alternativa à polarização de esquerda e direita, até porque a dita esquerda já se uniu com os grandes expoentes da velha direita, todos contra a Lava Jato. Esse recorte só aumenta a polarização. A Rede quer se colocar à frente, defende.
Até o momento, a pré-candidata à Presidência descarta unir forças com a esquerda, sua origem política, caso Lula (PT) não seja candidato.
Estamos dialogando com vários partidos, o que não vamos fazer é um campo único em nome desse apelo da esquerda em torno do PT. Somos uma alternativa e estamos discutindo com os partidos que fizeram parte do nosso bloco de aliança em 2014, frisou.
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