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Publicado em 2 de outubro de 2025 às 18:12
O dono de um depósito de bebidas foi preso em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, na manhã desta quinta-feira (2), suspeito de comercializar produtos como vodca, uísque e gim falsificados. Segundo o delegado Rômulo Carvalho, os produtos eram enviados de São Paulo semanalmente e vendidos para pessoas e bares, através da internet. A Operação Bebida Amarga, realizada pela Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) e Polícia Civil, aconteceu no bairro Ibitiquara. >
Conforme apuração do repórter Matheus Passos, da TV Gazeta, ação foi motivada após uma denúncia da Abrabe que identificou que os produtos falsos eram divulgados em um perfil nas redes sociais. De acordo com a associação, garrafas originais eram reutilizadas, mas os lacres eram falsificados e a numeração da tampa não era compatível.>
Durante as investigações, segundo o delegado, os policiais chegaram a realizar compras simuladas para identificar o dono do perfil. No local, cerca de 20 caixas de vodca, uísque e gim eram vendidas por semana, totalizando aproximadamente 240 garrafas. Carvalho detalhou que a quantidade de bebidas encontrada só não foi maior pois a encomenda que viria de São Paulo nesta semana ainda não havia chegado.>
Depósito que vendia bebidas falsificadas pela internet é flagrado no Sul do ES
Com os recentes casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas, principalmente em São Paulo, já surge a dúvida: existe algum risco desse tipo nas bebidas apreendidas? Questionado, o delegado disse que as garrafas vão passar por perícia. >
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"A Operação foi integrada com a Polícia Científica e com o técnico da Abrabe. Foram feitos exames periciais no local do fato e também o recolhimento das garrafas, para que sejam submetidas a devido exame pericial e seja constatada qual a natureza desse produto que estava sendo vendido como bebida alcoólica", pontuou o delegado. >
► Até o momento, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a Polícia Científica (PCIES), não há registro de casos em 2025 de intoxicação por metanol no Espírito Santo.>
O suspeito, de 24 anos, confessou que vendia os produtos falsos há cerca de seis meses para pessoas e bares. "O dono do depósito confirmou que ele trabalhava no ramo de venda de bebidas e que sabia que se tratava de bebidas falsificadas. Ele conseguia distribuir todo esse volume em Cachoeiro de Itapemirim e municípios vizinhos", revelou o delegado. >
O homem, que não teve o nome divulgado, foi preso em flagrante por vender produto falsificado, crime que pode ter pena entre 4 e 8 anos de reclusão. Em seguida, foi levado para o Centro de Detenção Provisória do município.>
As investigações seguem para apurar a quantidade de compradores. Os bares envolvidos também poderão ser responsabilizados. Outro suspeito está sendo investigado e um entregador será ouvido pela Polícia Civil.>
*Com informações do repórter Matheus Passos, da TV Gazeta>
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