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Viúva Negra: MPES denuncia donos de instituto que vendia diplomas

Viúva Negra: MPES denuncia donos de instituto que vendia diplomas

Stela da Silva de Paula e Henrique Silva de Paula, donos de um centro educacional, foram presos por venda de diplomas e certificados de forma fraudulenta, sem que os alunos participassem efetivamente das aulas

Publicado em 14 de dezembro de 2018 às 00:07

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Mãe e filho, donos de um centro educacional, foram denunciados e presos durante a Operação Viúva Negra por venda de diplomas e certificados falsos. A denúncia partiu do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte) e da Promotoria de Justiça de Rio Bananal.

Os dois, mãe e filho, foram presos na segunda-feira (10) durante a deflagração da Operação Viúva Negra, um desdobramento da Operação “Mestre Oculto”, que investiga o fornecimento de diplomas de graduação e pós-graduação, sem a necessidade de efetivo comparecimento dos alunos às atividades, visando a obtenção de curso superior. Os pedidos do MPES foram acolhidos na quinta-feira (13) pela Justiça. O MPES também requereu à Justiça a conversão da prisão temporária dos dois em preventiva.

De acordo com as investigações, Stela da Silva de Paula e Henrique Silva de Paula constituíram o instituto Saber Mais Assessoria Educacional LTDA, com objetivo de comandarem um “esquema delituoso” de venda de diplomas e certificados, sem que os alunos participassem efetivamente das aulas.

Segundo o MPES, durante os anos de 2017 e 2018, Stela e Henrique cometeram crimes sistemáticos de estelionato, falsidade ideológica e contra o consumidor, mantendo diversas pessoas em erro, prometendo a entrega de diplomas de pós-graduação e cursos livres, a professores em Rio Bananal, Linhares, Colatina e São Mateus, sem a necessidade de comparecimento às aulas presencias em faculdades/universidades diversas.

Os denunciados praticavam crimes idênticos àqueles deflagrados na Operação “Mestre Oculto”, utilizando o mesmo “modus operandi”, realizando “convênios” com faculdades, angariavam os “alunos”, para efetivar a venda dos certificados, simulando o cumprimento da carga horária.

A operação recebeu o nome de “Viúva Negra” porque uma das pessoas envolvidas chegou a trabalhar, em 2016, em um dos institutos que oferecia cursos de graduação e pós-graduação de forma fraudulenta, o École. Depois, criou o próprio instituto, aproveitando-se das prisões de seus concorrentes para aprofundar a “venda de certificados fraudulentamente”.

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Stela está presa no Centro de Detenção Provisória Feminino de Colatina, já Henrique está na Penitenciária de Linhares.

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