Dois dos três mortos após uma troca de tiros no Morro do Macaco, em Tabuazeiro, Vitória, foram identificados. São eles: Mateus Ângelo Gomes, de 17 anos, e Ian Rodrigues Timóteo, de 16 anos. A família do mais novo disse que o adolescente começou a se envolver com as drogas há cerca de dois meses; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, afirmou que o mais velho, Mateus, era gerente do tráfico de drogas.
O confronto aconteceu na madrugada desta quarta-feira (27). Segundo a PM, agentes estavam fazendo uma operação no bairro quando encontraram um grupo de suspeitos armados. Houve troca de tiros e três homens foram baleados. Eles chegaram a ser levados para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue), mas não resistiram. Três armas, carregadores, munições e drogas foram apreendidos.
O repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, esteve no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória e conversou com um familiar de Ian. Ele, que preferiu não se identificar, disse que buscou ajuda quando viu que o adolescente tinha começado a se envolver com as drogas.
"Há pouco mais de 2 meses, quando ele começou a querer seguir um caminho diferente de casa, a gente conversou com ele, insistiu, procurou o Conselho Tutelar para ver essa questão, aí eles mandaram procurar a Delegacia Especializada do Adolescente em Conflito com a Lei (Deacle), mas lá eles diziam que só cuidavam de casos de crime, depois a gente foi na (outra) delegacia... Tudo o que a gente tinha de vivência a gente passou para ele. Não foi por falta de conversa, por falta de nada. A mãe dele trabalha demais, em dois empregos, não descansa para poder dar o melhor para os filhos", desabafou.
O coronel Douglas Caus afirmou que Mateus já era um conhecido da polícia. "Vulgo 'Da Glock', ele era um dos gerentes do Terceiro Comando Puro (TCP) no Morro do Macaco. Tinha passagens por tráfico de drogas, por porte ilegal de armas", detalhou.
Em casos como esse, em que há mortes durante confronto com a Polícia Militar no Morro do Macaco, costumam acontecer toques de recolher em comércios e até interrupção da circulação de ônibus. Apesar disso, até o início da tarde desta quarta-feira (27), não havia registros de represálias.
"O patrulhamento está reforçado em toda a região e nós hoje voltaremos lá com o Batalhão de Ações com Cães, Batalhão de Missões Especiais e Força Tática para continuarmos garantindo que a população daquela região tenha o direito de ir e vir de maneira segura", garantiu o comandante-geral da PM.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta