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Um mês após assassinato de doméstica em Vila Velha, crime segue sem respostas

Um mês após assassinato de doméstica em Vila Velha, crime segue sem respostas

A reportagem de A Gazeta questionou a polícia sobre a morte de Elzi Almeida de Jesus, se o caso é investigado como feminicídio e quem seria o suspeito do crime, mas os questionamentos não foram respondidos

Publicado em 8 de junho de 2021 às 11:30

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Vila Velha
Elzi Jesus de Almeida, de 46 anos, foi morta com pelo menos três disparos na noite deste domingo (2). (Arquivo pessoal)

A doméstica Elzi Almeida de Jesus, de 46 anos, foi assassinada a tiros em casa no bairro Barramares, em Vila Velha, no último dia 2 de maio. Mais de um mês após o crime, nenhum suspeito foi preso. A informação foi passada pela Polícia Civil após questionamentos da reportagem de A Gazeta nesta terça-feira (8).

Além dessa informação, a Polícia Civil foi questionada sobre o andamento das investigações. A reportagem perguntou se o caso é investigado como feminicídio e se algum suspeito foi identificado. Mas não houve respostas para essas perguntas.

Por nota, a PC informou apenas que "o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) e até o momento, nenhum suspeito do crime foi detido”.

Além disso, a polícia pediu a colaboração da população que tenha informações sobre o crime, através do Disque-Denúncia 181. “A Polícia Civil destaca que a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br . O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas”, completou.

SOBRE O CRIME

A doméstica Elzi Jesus de Almeida foi assassinada com pelo menos três tiros na noite do dia 2 de maio, um domingo, no bairro Barramares, em Vila Velha. Ela estava sentada na cama de um dos quartos da própria casa, na companhia do atual companheiro. Eles assistiam televisão quando os disparos vieram do lado de fora, quebraram os vidros da janela e a atingiram por volta das 23h. A filha dela, uma menina de dois anos, estava no chão do cômodo e presenciou a cena.

Na ocasião, familiares contaram que a doméstica registrou boletins de ocorrência contra o ex-companheiro. Há seis meses, Elzi havia sofrido um atentado – bandidos passaram na rua atirando contra a casa dela.

O CRIME

A doméstica Elzi Jesus de Almeida, de 46 anos, foi assassinada com pelo menos três tiros na noite deste domingo (2), no bairro Barramares, em Vila Velha. Ela estava sentada na cama de um dos quartos da própria casa, na companhia do atual companheiro. Eles assistiam televisão quando os disparos vieram do lado de fora, quebraram os vidros da janela e a atingiram por volta das 23h. A filha dela, uma menina de dois anos, estava no chão do cômodo e presenciou a cena.

O namorado de Elzi, que não será identificado, disse que ele e a doméstica estavam juntos há cerca de um mês e estavam apaixonados. Ele contou á reportagem da TV Gazeta na ocasião que não viu quem atirou, apenas ouviu os disparos que partiram de fora da casa.

"Quem atirou não gritou nada e disparou da rua para dentro de casa. O muro é baixinho e a janela fica próximo da rua. Eu não sabia o que fazer na hora por causa do nervosismo. Liguei para o Samu e também para a Polícia Militar. Quando a ambulância chegou, ela já estava morta", contou namorado de Elzi, um mestre de obras que não quis ser identificado.

A doméstica foi atingida por três disparos. Nas paredes da casa também ficaram as marcas de tiros. A criança, o namorado e o filho mais velho de Elzi não foram feridos.

A testemunha contou que enquanto ele ligava para a ambulância, Elzi fazia um pedido a ele. "Cuida da minha filha, eu vou morrer", lembrou o namorado. O casal morava junto havia apenas um mês.

Vila velha
Nas paredes do quarto ficaram marcas dos tiros efetuados contra à casa, em Vila Velha. (Reprodução/TV Gaezta)

ATENTADO

Segundo o namorado da vítima, recentemente a doméstica já havia sofrido um atentado em situação semelhante. Há seis meses a mesma casa foi alvo de tiros, mas Elzi não havia sido atingida. A mulher tinha em mãos boletins registrados contra o ex. Nas paredes do quarto, ficaram as marcas dos muitos disparos efetuados. O namorado dela e a criança não foram atingidos.

"Eu não conheci os outros relacionamentos dela, pois não puxava esse assunto. Eu sabia de ameaças que ela disse que ela recebia, porque havia denunciado o ex-marido por não pagar pensão. Mas não sei se isso chegaria ao ponto de matá-la. Ela era muito trabalhadora, uma pessoa cuidadora, tínhamos um vínculo muito forte e pretendíamos mudar de bairro juntos", contou o namorado.

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Familiares contaram que a doméstica registrou boletins de ocorrência contra o ex. Há seis meses, Elzi havia sofrido um atentado. Bandidos passaram na rua atirando contra a casa dela.

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