Repórter / lavilez@redegazeta.com.br
Publicado em 22 de setembro de 2022 às 12:24
Oito pessoas foram indiciadas por envolvimento na morte de José Marcos Delfino Chaves – incluindo o ex-cunhado e a ex-companheira dele. O técnico em telecomunicações de 46 anos foi encontrado morto em junho deste ano, com sinais de tortura, em Vitória. As informações do caso foram divulgadas nesta quinta-feira (22) pela Polícia Civil.
As investigações apontaram que José Marcos foi assassinado no alto da pedreira do bairro Joana D'Arc e levado para o bairro Santa Luzia, onde foi encontrado morto no dia seguinte. Segundo a corporação, o crime foi motivado por ciúmes: Jadiel Martins de Souza Filho, de 24 anos – apontado como principal executor do crime – estaria incomodado porque a vítima teria dado em cima da namorada dele, uma adolescente de 16 anos, que atraiu o técnico de telecomunicações para um local onde ele acabou sendo coagido pelos criminosos.
Ao todo, seis adultos e dois adolescentes foram denunciados ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e já são réus na ação penal que corre na Primeira Vara Criminal Privativa do Júri da Capital. São eles:
Ainda de acordo com a Polícia Civil, os três homens que ajudaram a transportar o corpo (Diego, Jhonata e Breno) foram indiciados por ocultação de cadáver e respondem ao crime em liberdade. Já os dois adolescentes indiciados ainda não tiveram o mandado de busca e apreensão emitido pela Justiça.
À frente da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, o delegado Marcelo Cavalcanti explicou a dinâmica do homicídio durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (21). Na ocasião, ele taxou este assassinato como "um crime bárbaro e complexo".
"José Marcos era supervisor de uma empresa de telefonia e foi atraído pela adolescente, que já tinha prestado serviço para ele. O técnico entregaria uma camisa para ela no bairro Resistência, onde o principal autor (Jadiel) já estava escondido e o coagiu até o local do crime", disse.
Marcelo Cavalcanti
Delegado titular da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória"Posteriormente, ficou comprovado que a organização que comanda o tráfico de drogas no Morro Conquista mandou que os autores tirassem o corpo da vítima do local. Eles usaram um caiaque e uma corda. A vítima teve o corpo arrastado e jogado em uma rua próximo à Chefatura da Polícia Civil", completou.
Além do assassinato, os executores, a ex-companheira da vítima e a adolescente ainda também roubaram o celular e os cartões da vítima. "Não satisfeitos em matar, eles usaram o dinheiro da vítima. Isso foi provado na investigação. Por isso, eles foram indiciados também pelo crime de furto", concluiu Marcelo.
Ainda de acordo com o delegado, o técnico José Marcos Delfino Chaves não tinha passagem pela polícia. "Diferentemente do principal autor (Jadiel), que já tinha passagem por tráfico de drogas e envolvimento em furtos. Ele vem de uma família que tem longo histórico criminal", afirmou.
Delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda pediu que a população ajude na localização de Jhonortton Dias Souto, que está foragido. "Ligue para o Disque-Denúncia (181). Precisamos tirar essa pessoa do convício com a sociedade, uma vez que têm compulsão por matar", reforçou.
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