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Suspeito de envolvimento em assassinato de sargento da PM do ES é morto em ação policial

Suspeito de envolvimento em assassinato de sargento da PM do ES é morto em ação policial

Magno Colatti Silva foi morto com cinco tiros no bairro Mucuri, em Cariacica, no dia 4 de julho deste ano. Deixou três filhos e uma esposa grávida

Publicado em 31 de outubro de 2024 às 18:29

Wendel Marques dos Santos morreu em confronto com a Polícia Militar, no bairro Aparecida, em Cariacica.
Wendel Marques dos Santos morreu em confronto com a Polícia Militar, no bairro Aparecida, em Cariacica Crédito: Divulgação | Polícia Militar

Wendel Marques dos Santos, 18 anos, um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do sargento Magno Colatti Silva, no dia 4 de julho, em Mucuri, Cariacica, foi morto em confronto com a polícia no bairro Aparecida, também no município cariaciquense, nesta quinta-feira (31).

Segundo o comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Dougla Caus, os militares foram ao local após levantamentos indicarem a presença do suspeito na região. “Durante a abordagem, o indivíduo atirou contra os militares, que revidaram. Ele foi atingido e socorrido ao Pronto Atendimento de Alto Lage, onde foi a óbito”, afirmou o coronel.

Outro suspeito de participar do crime também morreu durante confronto com a Polícia Militar. Edson Lucas Collaça de Souza, 26 anos, estava em Teixeira de Freitas, na Bahia, quando a corporação local o encontrou. Dos outros três indicados pela investigação da polícia como participantes do crime, dois estão presos: Guilherme Augusto Rodrigues Gomes e Iranilto de Souza de Freitas.

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Suspeito de envolvimento em assassinato de sargento da PM do ES é morto em ação policial
Foi preso em Rio das Ostras, na região dos Lagos do Rio de Janeiro, Guilherme Augusto Rodrigues Ribeiro, vulgo "Menor" ou "Playboy", de 18 anos, um dos suspeitos de envolvimento na morte do sargento da Polícia Militar, Magno Colatti.

Agora, somente Marcelo Wesley Alves da Silva, vulgo "Pitchula", apontado com autor dos disparos contra o sargento, segue foragido. Na época do crime, um casal confessou ter levado Marcelo para o Rio de Janeiro.

Marcelo Wesley Alves da Silva, vulgo
Marcelo Wesley Alves da Silva, vulgo "Pitchula"; Edson Lucas Collaça de Souza; Wendel Marques dos Santos e Guilherme Augusto Rodrigues Gomes Crédito: Divulgação | Polícia Militar

Chefia de facção envolvido

 Iranilto de Souza de Freitas, conhecido como Iranilto Gama, é uma das lideranças da Família Capixaba AFC, ligada ao Terceiro Comando Puro, e foi preso no dia 12 de julho, em casa, no Morro dos Gama, na região da Grande Mucuri, em Cariacica. De acordo com a PM, ele é suspeito de participar no caso. 

Iranilto de Souza de Freitas preso por envolvimento na morte de sargento
Iranilto de Souza de Freitas preso por envolvimento na morte de sargento Crédito: Divulgação | Polícia Militar

Segundo a investigação, Pitchula teria sido autor dos disparos, e os demais teriam participado de alguma forma, conforme explicou o coronel Douglas Caus. 

"Nesse momento, os indivíduos que estão com mandado de prisão (em aberto) ainda têm a possibilidade de se entregarem à Polícia Civil e serem conduzidos à delegacia para responder pelo crime que eles cometeram. Porque, se o nosso serviço de inteligência, com a nossa Força Tática, os nossos policiais militares conseguirem detectá-los, a única saída que eles têm é imediatamente deitarem no chão e se entregarem. Porque, se enfrentarem a Polícia Militar, de maneira covarde como fizeram com o sargento, invariavelmente iremos responder à altura, e aí é força máxima", afirmou Caus, em entrevista dada em coletiva de imprensa em julho deste ano. 

Caus também havia pontuado que o crime não ficaria impune. “Quando se mata um policial, é uma afronta contra o Estado e é colocar a autoridade do Estado em cheque”, frisou. 

Caso

 Sargento Magno Colati Silva foi atingido por cinco tiros no bairro Mucuri, na última quinta-feira (4), enquanto estava de folga

O sargento Magno Colatti Silva foi assassinado com cinco tiros durante o dia de folga em Mucuri, Cariacica, no dia 4 de julho. Há quase 30 anos na Polícia Militar, ele era considerado por pessoas próximas um pai de família e um irmão atencioso. Deixou três filhos e uma esposa grávida.

No dia posterior ao crime, o então secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, delegado federal Eugênio Ricas, em entrevista à TV Gazeta, disse que a Polícia Civil trabalhava com duas linhas de investigação para desvendar o homicídio.

A primeira era que ele tenha sido reconhecido por criminosos como agente da Segurança Pública e atacado; já na segunda versão, a história é que o sargento e um primo teriam ido até um posto comprar combustível para um equipamento. Esse parente teria sido repreendido por traficantes por passar com o carro em alta velocidade.

Essa linha de investigação, de que teria havido um desentendimento do primo do sargento com um dos criminosos, é a que predomina atualmente.

"A versão que temos até agora é que ele foi chamado pelo primo dele pra ajudá-lo em um processo de limpeza na região. Em uma das passagens, o primo o pediu para um carro abaixar o vidro e andar mais devagar. Em seguida, o Pitchula apareceu e atirou contra ele quando viu que o sargento estava armando".

"Pitchula"

Pitchula é Marcelo Wesley Alves da Silva, um dos gerentes do tráfico da região de Mucuri. Segundo informações divulgadas pelo secretário estadual de Segurança Pública, Eugênio Ricas, ele tem ligações com líderes de organizações criminosas, com A Família Capixaba (AFC), que domina o tráfico da região.

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