Publicado em 1 de dezembro de 2019 às 16:17
"Sou burro. Nada justifica o que eu fiz. Não tem explicação. Não sei o que aconteceu." Com essas palavras, Eduardo Cruz da Silva tentava explicar como foi capaz de matar a esposa, Cristina Melo do Rosário, de 34 anos, na frente das duas filhas, de 8 e 11 anos de idade. O crime acontece na madrugada deste domingo (01), em Porto de Santana, Cariacica, e teria sido motivado por ciúme. >
Ao chegar no Departamento Especializado em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória, onde prestou depoimento, o agressor disse que a esposa teria iniciado a briga e o ameaçado com a faca. No entanto, a versão dada por ele é questionada por testemunhas.>
"Eu acordei com ela gritando comigo, com uma faca na mão. E dizendo 'por que você mexeu na minha mochila'. Pensei que ela ia me enfiar a faca. A gente estava brigado. Aí eu peguei a faca dela, a gente começou a brigar e eu perdi o controle", relatou.>
Um dos homens que ajudou a socorrer as crianças, Elder Nascimento, contou que, apesar desta versão, Eduardo deu uma declaração diferente quando foi abordado pelos policiais militares que chegaram ao local. >
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"Ele falou para mim que ela tentou agredir ele com a faca. Mas na viatura, ele deu outras versões para os policiais. Ele falou que foi mexer na bolsa dela, ela não deixou, ele achou estranho e foi para cima dela com a faca. Não tem como ter discernimento do que realmente aconteceu na casa, mas ela estava só de calcinha e sutiã no banheiro. Dá para pensar que ele pode ter tentado alguma coisa, ela não quis e ele tentou forçar. É o que parece que aconteceu", afirmou Nascimento>
De acordo com vizinhos, as brigas entre o casal eram constantes e o homem já havia agredido a companheira outras vezes. Na madrugada deste domingo, uma vizinha acordou depois de ouvir o grito de socorro das crianças. Após presenciar o desespero das crianças, a vizinha parou um carro que passava pela rua para pedir ajuda. Dentro veículo estavam três rapazes, que voltavam de uma festa. O grupo foi até a casa, arrombou a porta e conseguiu salvar as crianças, mas encontrou a mulher já sem vida.>
Populares conseguiram segurar o agressor até a chegada da polícia. Ele foi levado para o Departamento Especializado em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória, onde presta depoimento. Além das duas filhas que presenciaram o crime, Cristina era mãe de uma outra jovem, de 17 anos, de outro relacionamento.>
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