A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (26), o segundo indivíduo suspeito de envolvimento na morte e ocultação de cadáver de Fabrícia Pires Ramos. O corpo da mulher, que estava desaparecida desde o dia 31 de março, foi encontrado na tarde de quinta-feira (25) após um adolescente de 17 anos, que confessou o crime, levar os policiais até o local onde se encontrava o cadáver.
De acordo com a Polícia Civil, o segundo suspeito, de 19 anos, atuou como coautor dos crimes, junto ao adolescente apreendido. Os nomes dos dois indivíduos não foram divulgados.
Após a aceitação da prisão temporário do indivíduo de 19 anos, as equipes da Polícia Militar seguiram até Vila do Riacho, em Aracruz, onde encontraram o suspeito. Segundo a PC, no momento da abordagem, o indivíduo tentou fugir, mas foi alcançado e preso. Na posse dele a Polícia Militar encontrou munições no calibre .380, sendo no mesmo calibre da arma utilizada no homicídio de Fabrícia.
O suspeito foi conduzido até o plantão da 13ª Delegacia de Polícia de Aracruz, onde, além de ser preso em virtude do mandado de prisão, foi autuado em flagrante pelo porte ilegal das munições. Ele será encaminhado ao Centro de Detenção Provisório de Aracruz.
Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (26), o titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, delegado André Jaretta, e o comandante da 3ª Companhia do 5° Batalhão da Polícia Militar, tenente Farias, informaram que Fabrícia foi morta e teve o corpo carbonizado ao ser confundida como olheira do tráfico de drogas.
Em depoimento à polícia, o adolescente de 17 anos, apreendido na tarde de quinta-feira (25) e confessou o crime, informou que desconfiou do tamanho e tipo de entorpecente que Fabrícia havia o pedido. Segundo ele, a vítima teria o procurado na noite do dia 31 de março, no Domingo de Páscoa, com o carro da tia, em uma região de ponto de compra e venda de drogas de Barra do Riacho, em Aracruz, afirmando que desejava comprar entorpecentes.
De acordo com o delegado André Jaretta, a forma como Fabrícia pediu a droga ao adolescente, em um tamanho específico, que não era comercializada naquele local, gerou desconfiança no menor.
Após dizer à Fabrícia que a droga que ela queria não era vendida no local, o adolescente relatou aos policiais que levou a vítima até Vila do Riacho, com a justificativa de que aquele tipo de entorpecente poderia ser encontrado lá. No entanto, o menor a conduziu a um local deserto, em uma estrada de chão que liga Vila do Riacho até Regência (Linhares), onde atirou na cabeça de Fabrícia e a matou.
Após matá-la, o adolescente tomou posse do carro da vítima. No dia seguinte, ele retornou ao local onde deixou o corpo, o colocou no banco traseiro do automóvel, e o levou para outra região que, de acordo com a polícia, é considerada de difícil acesso. Lá, o menor jogou gasolina no corpo de Fabrícia e ateou fogo.
Fabrícia Pires Ramos, de 44 anos, estava desaparecida desde o dia 31 de março, no Domingo de Páscoa, quando saiu de carro da casa da tia, em Coqueiral de Aracruz. De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela família junto à Polícia Civil, Fabrícia saiu com o veículo sem a autorização da tia, que só deu falta do automóvel quando chegou na residência.
O carro utilizado por Fabrícia foi localizado na noite do dia 2 de abril, durante um patrulhamento da PM em Barra do Riacho, também em Aracruz. O veículo havia sido visto com dois indivíduos.
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