O secretário estadual de segurança pública do Estado, Nylton Rodrigues, disse desconhecer a informação de que a
. Segundo reportagem exclusiva do
Gazeta Online
no último sábado (16), o alerta foi dado em um grupo em que estava além dele o chefe de Polícia Civil do Estado, Guilherme Daré.
Rodrigues disse que existem fluxos oficiais de comunicação na inteligência da polícia. O serviço de inteligência das polícias atuam em produção de conhecimento. Quando existe a produção de conhecimento e a produção de informação nós temos nossos fluxos oficiais para que isso seja difundido nas instituições. Grupos de Whatsapp e conversas não são canais oficiais. Eu desconheço esse grupo e desconheço essa informação, declarou.
A reportagem teve acesso ao diálogo. No dia 6 de junho, três dias antes do último ataque na Piedade, um integrante do grupo de WhatsApp relatou às outras autoridades que o trabalho de inteligência identificou que bandidos do Morro São Benedito, vizinho ao Bairro da Penha, em Vitória, ameaçavam atacar o Morro da Piedade nos dias seguintes.
Três dias depois, no dia 9 de junho, cerca de 20 homens armados invadiram a comunidade. Os tiroteios começaram às 20h30, enquanto os criminosos ameaçavam moradores. A PM foi até o local e chegou a trocar tiros com bandidos.
MORTE E MUDANÇA
Durante a madrugada, os tiros cessaram. No entanto, assim que a PM deixou o local, novos disparos foram feitos até a manhã do dia 10, quando Walace de Jesus Santana, 26, foi assassinado com mais de 15 tiros.
Os bandidos ainda expulsaram a família da vítima de casa e atearam fogo no imóvel. Segundo a polícia, Walace fazia parte do tráfico de drogas do local.
Após o ataque e ameaças para que moradores saíssem a região em sete dias, o morro ficou vazio. Várias famílias mudaram-se às pressas com medo.
Na última quinta-feira, a reportagem divulgou que informações obtidas de que a inteligência das polícias investigavam os traficantes do Bairro da Penha e do Morro de São Benedito como os responsáveis pelo terror implantado na Piedade por conta da disputa pelas bocas de fumo do local.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública(Sesp) informou, por nota, que como não teve acesso pela reportagem às supostas declarações citadas, nem em qual grupo essa informação circulou, não seria possível comentar o caso.
A Sesp informa que as polícias Civil e Militar, por meio de seus setores de inteligência, monitoram diariamente todos os informes vinculados a crimes e tomam todas as medidas para enfrentar a criminalidade. Esses informes permanentes evitam várias situações de risco no Espírito Santo.
A nota completou que todas as providências para a segurança do bairro da Piedade e do entorno foram e estão sendo adotadas pela equipe da Sesp. A Sesp anunciou a implantação de uma base fixa da PM na Piedade, com o objetivo de estabelecer a presença ostensiva na região. Equipes da PM e da PC estão presentes no local para garantir a segurança dos moradores.
Com informações de Kaique Dias e Elis Carvalho
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