Publicado em 14 de janeiro de 2020 às 22:08
Principal suspeito de ter assassinato o sobrinho, o policial civil aposentado Adilau Vieira da Costa chegou a tirar um total de 1786 dias de licença médica, enquanto estava na ativa. Ou seja, durante os 24 anos em que trabalhou para a entidade no Espírito Santo, em praticamente cinco, ele esteve afastado da função. Todos os dados estão disponíveis no portal da transparência do Estado. >
Imediatamente antes de tirar a aposentadoria, em 6 de março de 2006, ele chegou a ficar afastado 310 dias seguidos em consequência de duas licenças médicas tiradas de forma consecutiva, em 30 de abril e 6 de dezembro de 2005. A partir da entrada dele na entidade, ele só não pediu afastamento em oito anos: 1988, 1991 e de 1995 a 2000.>
Em entrevista concedida na saída da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória nesta terça-feira (14), Adelias Vieira da Costa falou sobre o temperamento do irmão. Desde a época em que trabalhava, ele já era problemático. Teve uma época em que ele fez alguns tratamentos e depois se aposentou, lembrou o delegado aposentado, pai da vítima.>
Ainda de acordo com Adelias, a arma usada no crime desta manhã foi registrada pelo irmão após o pedido de aposentadoria. Quando ele se aposentou, ele não tinha arma. Há cerca de um ano é que ele registrou essa pistola de calibre 380. Acredito que um psicólogo credenciado constatou que ele era uma pessoa física e mentalmente apta a adquirir a arma, que está no nome dele, revelou. >
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Segundo a Polícia Militar, na manhã desta terça-feira (14), o policial civil aposentado Adilau Vieira da Costa atirou no sobrinho Jackson Rodrigues da Costa, de 35 anos, depois de uma discussão a respeito do descarte de lixo do local onde eles moravam um terreno que abriga mais de 20 pequenas casas, no bairro Glória, em Vila Velha. >
De acordo com testemunhas, os dois chegaram a brigar fisicamente, antes do tio sacar a arma. Conforme detalhado pelo próprio pai da vítima, os dois já haviam se desentendido outras vezes, por causa do convívio diário. O suspeito morava no local há cerca de um ano, depois de pedir ajuda ao irmão.>
Questionada sobre a natureza dessas licenças, a Polícia Civil afirmou que elas são de caráter pessoal, não cabendo a divulgação de tais informações. "Todos os dados públicos relativos ao período em que o cidadão fez parte dos quadros da Polícia Civil estão disponíveis no Portal da Transparência", concluiu a nota.>
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