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Polícia prende mãe de menina que morreu com sinais de estupro

Polícia prende mãe de menina que morreu com sinais de estupro

Catiúcia Vila Nova teve a prisão preventiva decretada neste sábado (29); detido na sexta (28), pai teve prisão convertida em preventiva por estupro de vulnerável seguido de morte

Publicado em 29 de abril de 2023 às 20:21

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A mãe da menina de dois anos morta em Guarapari foi presa pelo crime de estupro de vulnerável qualificado seguido de morte na tarde deste sábado (29). Catiúcia Vila Nova, de 33 anos, teve a prisão preventiva decretada como coautora do crime, conforme informações da Polícia Civil. Ela será encaminhada ao presídio.

O pai da menina, Manoel Messias de Jesus Soares, de 44 anos, já havia sido preso em flagrante por estupro de vulnerável, na noite da última sexta-feira (28), em Guarapari. A prisão dele foi revertida em preventiva pelo crime de estupro de vulnerável qualificado seguido de morte.

Durante este sábado (29), a corporação realizou diligências, ouviu testemunhas e solicitou o pedido de prisão preventiva da mãe. A Justiça acatou o pedido e a prisão foi realizada.

Ana Clara da Silva Soares, de dois anos, morreu no Hospital Infantil de Guarapari, com sinais de abuso sexual. Ela estava internada desde o dia 26 de abril na unidade.

Ana clara da Silva Soares
Ana Clara da Silva Soares morreu no Hospital Infantil de Guarapari. (Reprodução)

O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso (DPCAI) de Guarapari.

Entenda o caso

Ana Clara da Silva Soares, de dois anos, morreu na madrugada deste sábado (29) no Hospital Infantil de Guarapari após dar entrada em estado grave. Segundo informações do boletim de ocorrência, registrado pela Polícia Militar, a criança tinha sinais de estupro. O pai, Manoel Messias de Jesus Soares, foi preso como principal suspeito de ter causado as lesões na bebê.

Ainda de acordo com relato do boletim, o hospital acionou a PM na noite de sexta-feira (28) por conta de indícios de violência sexual. O bebê deu entrada na instituição com quadro de infecção generalizada três dias antes de falecer. Após exames para identificar a motivação, foram constatadas lesões nas partes íntimas da criança. 

A menina precisou passar por cirurgia de emergência ainda na noite de sexta-feira (28), pois se encontrava em estado gravíssimo.

A mãe, Catiúcia Vila Nova, de 33 anos, relatou à PM, inicialmente, que não suspeitava que alguém poderia ter abusado da filha, mas, após questionamentos, confessou que o marido, pai da criança, já havia cometidos outros abusos.

A mulher ainda acrescentou que outros familiares sabiam da situação. Ela afirmou acreditar que o marido seria capaz de cometer violência sexual contra a criança de dois anos.

Diante disso, o marido, de 44 anos, foi chamado pela polícia e compareceu no hospital. Conforme o boletim de ocorrência, ele não se mostrou surpreso com a situação da bebê, mas também não confessou a autoria dos abusos.

O casal foi encaminhado para a Delegacia Regional do município. Outros filhos foram resgatados pelo Conselho Tutelar.

Polícia Civil informou que o homem foi autuado por estupro de vulnerável qualificado e encaminhado ao presídio. Após ser lavrado o flagrante, foi informado que a menina de 2 anos, não resistiu e morreu no hospital na madrugada deste sábado (29). A prisão dele foi revertida em preventiva. 

A mãe foi ouvida e liberada após a autoridade policial entender que não havia elementos suficientes para lavrar auto de prisão em flagrante contra ela naquele momento. Após diligências e ouvir testemunhas, a polícia solicitou o pedido de prisão preventiva da mãe também pelo crime de estupro de vulnerável qualificado seguido de morte, como coautora. O pedido foi acatado pela Justiça. 

O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso (DPCAI) de Guarapari, onde serão feitas outras diligências para averiguar se há mais vítimas e participação de outras pessoas. De acordo com a Polícia Civil, outras informações não serão divulgadas, no momento, para não atrapalhar as investigações.

O corpo de Ana Clara foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser examinado e, posteriormente, liberado para os familiares. O laudo de necropsia será juntado aos autos e o autor vai responder também pelo resultado da morte.

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