A Polícia Civil prendeu três pessoas em flagrante e apreendeu mais de 2 mil cigarros eletrônicos durante a Operação Vapor no Espírito Santo. A ação teve objetivo de combater a comercialização de cigarros eletrônicos e respectivos dispositivos proibidos no Brasil e foi realizada em diversos estabelecimentos comerciais nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Guarapari. Ao todo, 15 pessoas devem ser intimadas e ouvidas na operação.
A Operação Vapor foi deflagrada na última sexta-feira (5), mas as informações foram passadas pela Polícia Civil somente nesta quarta-feira (10). Inicialmente, a corporação informou que seis pessoas haviam sido presas. Mas depois corrigiu: foram três prisões.
Foram apreendidos:
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, o material apreendido está avaliado em aproximadamente R$ 1 milhão. Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta (10), a Polícia Civil informou mais detalhes da operação.
As três pessoas presas não tiveram os nomes divulgados. Detidos em flagrante, todas elas pagaram fiança e responderão em liberdade. Eles devem responder pelo crime de relação de consumo e também podem ser autuados por contrabando, uma vez que o material apreendido é fabricado fora do país.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu no dia 6 de julho de 2022 manter a proibição de venda de cigarros eletrônicos no Brasil e ampliar a fiscalização para coibir o mercado irregular dos dispositivos. Participaram da votação quatro diretores da Anvisa - a decisão foi unânime. A venda de cigarros eletrônicos é proibida no País desde 2009.
O Brasil faz parte de um grupo de 32 nações que vetam o comércio do produto, a exemplo de México, Índia e Argentina. Outras 79 - como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá - liberaram com maior ou menor grau de restrição, conforme relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2021.
Fabricantes dos dispositivos argumentam que eles oferecem risco reduzido à saúde, em comparação ao cigarro tradicional, e por isso deveriam ser liberados como alternativa para uso adulto. Também dizem que o veto não impede a venda irregular. Pesquisas científicas de universidades de ponta e entidades médicas, porém, apontam presença de substâncias desconhecidas nos dispositivos e potencial de incentivar o tabagismo entre adolescentes e jovens que nunca fumaram - o que justifica manter a proibição.
Cigarros eletrônicos, ou vapes, funcionam por meio de uma bateria que aquece um líquido interno, composto por água, aromatizante, nicotina, propilenoglicol e glicerina. Têm formas variadas, e modelos mais modernos se parecem com pen-drives. Alguns são fechados: não é possível manipular o líquido interno. Outros podem ser recarregados com líquidos de várias substâncias e sabores, como uva e menta.
Inicialmente, a polícia havia informado que 6 pessoas haviam sido presas na operação. Entretanto, a assessoria do PCES corrigiu a informação e informou que 3 pessoas foram detidas. O texto e o título também foram corrigidos.
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