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Operação cumpre mandado no ES contra empresa suspeita de lesar 60 mil vítimas

Operação cumpre mandado no ES contra empresa suspeita de lesar 60 mil vítimas

Lavagem de dinheiro praticada pelo grupo pode chegar a R$ 300 milhões obtidos a partir de crimes financeiros praticados no Brasil e em outros países

Publicado em 13 de setembro de 2023 às 09:33- Atualizado há 8 meses

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Operação cumpre mandado no ES contra empresa suspeita de lesar 60 mil vítimas. (Polícia Federal )

Polícia Federal do Espírito Santo cumpriu, na manhã desta quarta-feira (13), um mandado de busca e apreensão em Porto Canoa, na Serra, no âmbito da Operação Yang, liderada pela corporação do Distrito Federal. Os agentes começaram os trabalhos por volta das 5h40 da manhã, conforme apurado por A Gazeta. O nome do alvo não foi divulgado.

Foram mobilizados mais de 100 policiais federais para cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão, em endereços localizados no Distrito Federal, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo. Também estão sendo executadas diversas medidas cautelares diversas da prisão e ações de constrição patrimonial.

R$ 300 milhões em fraudes 

A investigação foi iniciada em agosto de 2022 e apura atos de lavagem de dinheiro que podem chegar a R$ 300 milhões, obtidos a partir de crimes financeiros praticados na Coreia do Sul, nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países.

As apurações começaram a partir de informações compartilhadas por agências norte-americanas, que apontavam que uma empresa constituída por brasileiros poderia ter causado lesão financeira a cerca de 60 mil vítimas, com promessa de lucros incompatíveis com investimentos disponíveis em mercado, o que rendeu ao grupo criminoso cerca de US$ 62 milhões a partir da série de fraudes cometidas nos diversos países.

Desvio de investimentos de vítimas 

Após a captação de investimentos das vítimas, os valores eram desviados em favor dos investigados por meio de aplicação em carteiras de criptomoedas e de depósitos realizados em contas vinculadas e controladas pelos criminosos.

Após a liquidação dos criptoativos em favor dos líderes da organização, os valores passaram a ser empregados na aquisição de bens de alto padrão, veículos de luxo e, principalmente, na compra de imóveis, em especial em Brasília (DF) e Goiânia e Caldas Novas, em Goiás. 

Foi determinado o bloqueio de até R$ 300 milhões mantidos em contas bancárias vinculadas aos envolvidos e o sequestro de 52 imóveis. As ações visam a descapitalizar o grupo criminoso e desvendar outros crimes cometidos.

As apurações contaram com a colaboração da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, em cooperação policial mantida entre as autoridades brasileiras e norte-americanas.

Errata Correção
13 de setembro de 2023 às 10:06

A versão anterior do texto afirmava que o mandado de busca e apreensão tinha sido cumprido em Vitória, mas a Polícia Federal corrigiu a informação. O cumprimento ocorreu em Porto Canoa, na Serra. O texto foi atualizado. 

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