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Publicado em 24 de abril de 2023 às 12:25
A Polícia Civil do Espírito Santo informou que a morte de Eduardo Chaves Camilo, de 32 anos, assassinado a tiros no Gordinho Sambão, em Vitória, na madrugada do dia 16 de abril, não teve a participação de policiais militares. A informação de que estava em investigação se PMs teriam participado do crime chegou a ser passada anteriormente, mas imagens apresentadas pela corporação (vídeo acima) mostram que os agentes, antes considerados suspeitos, estavam com roupas diferentes das que vestiam o autor do homicídio, conforme descrição em boletim de ocorrência da Polícia Militar. >
O delegado-chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, afirmou, em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (24), que os policiais militares não atiraram contra Eduardo.>
Segundo a Polícia Civil, ao entrar na casa de shows às 00h16, o suspeito não foi revistado como todas as outras pessoas. O segurança apenas bateu nas costas do homem, como se permitisse a entrada sem a revista. Cerca de 17 minutos após entrar, o indivíduo tenta sair da boate pela mesma porta de entrada, mas é alertado pelos seguranças que não deveria sair ali, pois teria que pagar o ingresso para voltar quando quisesse.>
Seis minutos após sair pela porta correta, ele pagou a entrada pela segunda vez e entrou novamente. Nesta segunda entrada, foi revistado de forma superficial. As imagens mostram que Eduardo Chaves Camilo foi morto à 1h29 do dia 16 de abril.>
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O titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti, limitou-se a dizer que não houve participação de policiais militares na morte de Eduardo e destacou que o boletim de ocorrência da PM não condiz com as características do crime.>
Marcelo Cavalcanti
Titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de VitóriaConforme boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, o suspeito estava com blusa bege clara, bermuda branca e chinelo, o que fica evidenciado no vídeo. No entanto, o delegado Marcelo Cavalcanti explicou que o homem que aparece com tais características não é policial.>
Questionado sobre o que teria motivado o crime, o delegado José Darcy Arruda aponta que a morte de Eduardo tem relação com o tráfico de drogas, mas seria um crime de oportunidade. Ou seja, o atirador não teria ido ao local exclusivamente para cometer o assassinato, mas, ao entrar na casa de shows e visualizar o alvo, resolveu cometer o homicídio.>
A suspeita da Polícia Civil é que a arma do suspeito estivesse no carro, fora do Gordinho Sambão, no momento em que o atirador entrou no local pela primeira vez. O homem de camisa bege clara, calção branco e chinelo teria saído do bar justamente para pegar a arma. Menos de uma hora após voltar, ele atirou e matou Eduardo Chaves Camilo. Após atirar, o homem fugiu.>
Eduardo Chaves Camilo, de 32 anos, morreu no local. Outras três pessoas ficaram feridas com tiros.>
Segundo o delegado Marcelo Cavalcanti, a Polícia Civil já sabe quem é o suspeito do assassinato, mas a corporação não divulgou o nome do indivíduo – que tem passagens pela polícia. >
A Polícia Civil informou que está periciando quatro armas semelhantes. Ao menos uma delas é de um dos policiais militares que era considerado suspeito. Outra arma foi apreendida com um motociclista morto no bairro Bela Vista, em Vitória, neste domingo (23). A apuração deve apontar qual arma foi utilizada no crime do Bar do Gordinho. Apesar de a participação do militar ter sido descartada, a arma segue em análise.>
A Polícia Civil apresentou a nova versão dos fatos em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24), apontando que não houve participação de policiais militares no assassinato. A suspeita inicial foi divulgada pouco depois do crime, na confecção do boletim de ocorrência realizado por integrantes da Polícia Militar.>
Em uma nova apresentação dos fatos, agora com imagens gravadas dentro da casa de shows, é possível ver a chegada de dois policiais militares. Antes tratados como suspeitos, a Polícia Civil entende que os dois não tiveram participação no crime. As imagens mostram que os dois chegam a passar, uma hora antes do crime, ao lado do atirador. No momento em que o suspeito tentava sair do estabelecimento pela porta de entrada, os policiais entravam na casa de shows. >
Marcelo Cavalcanti
Titular da DHPP de Vitória
Como afirmado algumas vezes pelo delegado, os dois policiais militares não têm relação com o crime. Isso se justifica porque, segundo ele:
Apesar de ter descartado a participação de policiais militares no caso, o delegado Marcelo Cavalcanti afirmou que ficou constatado o pedido de um dos militares para que houvesse uma alteração no livro em que ficam registrados horários de entrada e saída. O delegado não disse o que teria motivado o pedido e informou que a investigação deste detalhe é de responsabilidade da Polícia Militar.>
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