Os 579 caminhões e carretas com a estrutura adulterada que foram identificados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), continuam em circulação. Segundo o superintendente da PRF, Wyllis Lyra, será feita uma reunião com o Departamento de Trânsito do Espírito Santo (Detran) para que seja colocada uma restrição nesses veículos, o que permitiria que eles sejam retidos em abordagens.
Identificamos 579 veículos que foram adulterados e desse, 151 tiveram a autoria comprovada. Mas não há veículos apreendidos ainda, informou Lyra. Segundo ele, a identificação dos caminhões e carretas adulterados foram feitas a partir de fiscalizações da PRF e também a partir de citações em investigações da Operação Raptores, deflagrada nesta quarta-feira (21). Quatorze pessoas foram presas e uma continua foragida no Estado. A autoria das adulterações dos demais veículos ainda está sob investigação.
Lyra explicou que, de posse das informações sobre esses veículos o Detran pode inserir um registro de restrição neles. Com a restrição de circulação, ao ser abordado por qualquer força policial, não só pela PRF, essa informação aparece quando o agente faz a consulta e, então, ele pode ser apreendido, diz. Não haverá, no entanto, punição para o condutor que for flagrado conduzindo um desses veículos.
O Detran-ES foi demandado e, por nota, afirmou que a reunião com a Polícia Rodoviária Federal foi agendada para o início da próxima semana para discutir de que forma o órgão pode continuar cooperando para coibir esse tipo de fraude e definir medidas a serem adotadas.
A OPERAÇÃO
Quatro pessoas foram presas no Espírito Santo na manhã desta quarta-feira (21), em uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MP-ES). Eles fazem parte de uma quadrilha responsável por alterar o eixo de carretas no Espírito Santo, de forma que os veículos passavam a circular com limite de peso além do permitido por lei.
Na prática, segundo as investigações, os veículos tinham a capacidade de carga aumentada de forma clandestina e sem passar por diversos critérios e exigências dos órgãos de fiscalização, levando risco para as estradas federais e ocasionando acidentes. As modificações afetam partes importantes dos veículos, como freios, pneus e outros sistemas.
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