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Publicado em 15 de novembro de 2021 às 11:23
O padre Ivo Amorim, pároco da Comunidade São Jorge, em Cariacica, e vigário-geral da arquidiocese, contou ter sido assaltado na manhã do último sábado (13), por volta das 10h30. Ele, que saía de uma reunião de representação das paróquias de Cariacica e Viana, na matriz que fica no bairro Vila Capixaba, ao tentar entrar no carro pertencente à igreja, viu três suspeitos se aproximarem dele em um veículo preto. >
Segundo Amorim, os homens chegaram em uma velocidade comparável aos automotores de Fórmula 1. "Eles vieram muito rápido, pareciam bem profissionais. Levaram meus paramentos litúrgicos, documentos pessoais, cartões, túnica e até o carro da paróquia. A experiência foi muito ruim, em plena luz do sol, depois de sair de uma ótima reunião. Foi um trauma, mas eu rezei por eles depois", contou.>
Ivo Amorim
PadrePara o pároco, os envolvidos possivelmente não premeditaram a abordagem. "Não acredito que já sabiam que eu estaria lá. Eu estava chegando ao carro, não avistei nada. Eles pareciam muito nervosos. Se não fosse eu a vítima, seriam outras pessoas. Pareciam três homens bem treinados para isso, faziam tudo com muita habilidade. Meu sentimento é sim de tristeza e indignação e muitos, ao saberem do que passei, vieram me relatar situações semelhantes", relatou. >
O veículo e os pertences do padre, segundo ele, não chegaram a ser encontrados, mesmo tendo sido registrado boletim de ocorrência na Delegacia Regional de Cariacica. Amorim preferiu então buscar os procedimentos cabíveis, como o bloqueio do cartão para compras. "Nós também temos rendimentos para sobreviver. Perdi cartões, inclusive o do plano de saúde, e meus documentos", desabafou.>
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Com a chegada da polícia ao local, o padre conta que não conseguia nem lembrar sequer da cor do carro em que estavam os suspeitos, tamanho o trauma provocado pelo evento criminoso. "Me senti em um vazio, muito impotente. Mas precisamos refletir sobre a importância de estarmos sempre prontos para vivermos esses momentos indesejados. Que tenhamos tranquilidade, e que ajamos com renúncia, para não nos apegar a nada material - nós vivemos sem isso. Devemos nos apegar somente à vida, deixando Deus conduzir tudo. Deus me envolveu em todos os momentos", finalizou. >
Procuradas, a Polícia Civil e Militar informaram que aos finais de semana têm acesso apenas às ocorrências do plantão vigente. >
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