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Em 9 dias, três pessoas da mesma família são assassinadas em Vila Velha

Em 9 dias, três pessoas da mesma família são assassinadas em Vila Velha

No dia 24 de dezembro, dois jovens foram executados a tiros na frente de casa.  Na noite desta quinta-feira (2), um alfaiate da mesma família morreu, vítima de bala perdida

Publicado em 3 de janeiro de 2020 às 13:32

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Avenida Jerônimo Monteiro, em Aribiri, Vila Velha, por onde passava alfaiate que morreu vítima de bala perdida. (Isaac Ribeiro)
Em 9 dias, três pessoas da mesma família são assassinadas em Vila Velha

Uma família marcada pela violência. Em nove dias, os primos e o tio e padrasto deles foram assassinados a tiros em Vila Velha. No dia 24 de dezembro, os primos Allan Fernandes Nunes dos Santos, de 25 anos, e Edgar Nunes Oliveira, de 16 anos, foram executados por dois homens armados. Eles estavam sentados na porta da casa de um deles.

Na noite desta quinta-feira (2), Valdemir Rauta, de 34 anos, o Nem, foi ferido por uma bala perdida ao passar pela Avenida Jerônimo Monteiro, em Aribiri. Ele morreu no local. De acordo com a Polícia Civil, o alvo eram dois homens que estavam conversando com um amigo em frente à uma casa de rações. A dupla, que trabalha como alpinista predial, foi baleada.

Valdemir Rauta passava de moto pela Avenida Jerônimo Monteiro, em Aribiri, quando foi atingido por tiro de bala perdida no peito. (Acervo pessoal)

Um dos alpinistas, de 28 anos, relatou à polícia que estava conversando com amigos em uma calçada da avenida quando o grupo decidiu comprar picolé. Neste momento, um homem armado com uma pistola em punho se aproximou e atirou na direção deles. Assustado,  o homem de 28 anos correu. Um colega dele, de 32 anos, tentou pegar a pistola da mão do criminoso, mas não conseguiu e resolveu fugir correndo.

Na fuga, o jovem de 28 anos foi atingido com um tiro nas nádegas. Ele foi levado por populares para o Hospital Antônio Bezerra de Farias, no mesmo município. Já o homem que tentou pegar a arma do atirador foi ferido com um tiro nas costas e outro na perna. Ele foi levado pelo Samu para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência, o antigo São Lucas, em Vitória. 

ALFAIATE ESTAVA A CAMINHO DE CASA

Uma zeladora de 37 anos, parente de Valdemir, disse que ele era tio de Alan e padrasto de Edgar. A vítima trabalhava como alfaiate. Ele morreu a cerca de 600 metros de distância de casa. O alfaiate era casado e deixou uma filha de 13 anos. O corpo dele será velado na Capela Mortuária do bairro. O horário de sepultamento ainda não foi informado pela família.

Parente do alfaiate assassinado em Aribiri, em Vila Velha. (Isaac Ribeiro)

“O Nem morreu de graça. Ele estava voltando para a casa. Disseram que ele tomou o tiro e continuou pilotando. Pouco depois, sentiu uma dor, parou a moto e sentou no chão. Infelizmente, não suportou e morreu lá mesmo. Ele era um homem trabalhador, do bem, todo mundo gostava dele no bairro. Agora vamos aguardar a polícia investigar”, disse a familiar.

A zeladora contou que a esposa e a filha de Valdemir estão muito abaladas. As duas não quiseram comentar o crime à reportagem na manhã desta sexta-feira (3). “Nosso Natal e réveillon foram de muita tristeza. Não teve graça, não tivemos nada para comemorar. Agora, acontece isso. A gente nem sabe o que lamentar e chorar mais”, lamentou.

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