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Criminosos do Ceará influenciaram em ataques no Espírito Santo

Criminosos do Ceará influenciaram em ataques no Espírito Santo

Polícia Civil afirmam que bandidos de estado do Nordeste tiveram contato com dois líderes de facção que comando parte do tráfico na Grande Vitória

Publicado em 7 de maio de 2019 às 18:11

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Ônibus incendiado em Nova Almeida, na Serra, em fevereiro de 2019. (Internauta/Via WhasApp)

O ataque a uma empresa que entrega marmitas para presídios, em Cariacica, o incêndio de um carro no bairro Joana D’Arc, em Vitória, e também o incêndio de um ônibus do Transcol em Nova Almeida, na Serra, - todos registrados em fevereiro deste ano -  podem ter sido influenciadas por ações de uma facção no Ceará. 

O delegado Henrique Vidigal, responsável pela Delegacia de Segurança Patrimonial, destacou que os crimes aconteceram em um período que o estado do Nordeste passava por uma grave crise de segurança, com o registro de dezenas de ataques a policiais e órgãos públicos. 

Os dois traficantes que comandam o tráfico de drogas na região do Bairro da Penha, em Vitoria, Fernando Moraes Pereira, conhecido como Marujo, e Geovani Andrade Bento, conhecido como Vaninho, podem ter sido influenciados pelos ataques ocorridos no Ceará, onde facções também atuam. Foram esses dois bandidos que ordenaram os ataques à empresa de marmitas, o incêndio ao carro em Vitória e o incêndio ao Transcol, na Serra.

Fachada da empresa responsável pela alimentação de alguns presídios da Grande Vitória, em Itacibá, Cariacica. (Gabriela Singular)

"Essas ordens não partiram de dentro dos presídios. O que nós conseguimos fazer uma ligação é que na mesma época ocorrem mais de uma dezena de ataques no Ceará e o início de ataques em outros estados. Hoje, com a facilidade de comunicação, a gente percebe que as facções têm, sim, se comunicado e tentado praticar ataques à nível de Brasil", explicou o delegado.

As investigações também afastaram a possibilidade dos atentados terem acontecido por ordem de criminosos que estavam dentro de presídios capixabas. A participação de internos do sistema prisional foi cogitada porque, no caso do ataque à empresa de marmitas e ao ônibus do Transcol, os criminosos deixaram um bilhete no local reclamando da qualidade da comida.

ENVOLVIDOS EM ATAQUES SÃO PRESOS

As forças de segurança do estado anunciaram que dois criminosos acusados que participarem dos ataques de fevereiro foram presos durante uma operação realizada na segunda-feira (6). Os acusados foram identificados como Robson da Vitória dos Santos e Wesley Ferreira, conhecido como Peixinho.

O delegado Henrique Vidigal afirmou que o Robson da Vitória dos Santos dirigiu o carro que levou homens armados para realizar o ataque à empresa de marmitas, enquanto Wesley Ferreira, o Peixinho, teria disparado tiros no local e rendido funcionários da empresa.

“O peixinho foi uma das pessoas que estavam fortemente armadas. Eles fizeram disparos e renderam os funcionários. O Peixinho é um soldado do tráfico. Ele seguiu ordens do Vaninho e do Marujo (líderes do PCV) para realizar esse ataque”, detalhou o delegado.

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A operação realizada nos bairros da Penha, Bonfim, São Benedito e Gurigica resultou na prisão de 15 adultos e deteve 4 menores de idade. A polícia informou que todos tinham envolvimentos com o tráfico de drogas. A polícia apreendeu rádios de comunicação, drogas e armas, como duas pistolas e um fuzil de uso restrito, calibre 5.56mm.

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