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Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 10:02
- Atualizado há 5 anos
Vivendo um aumento no número de homicídios no início deste ano, o Espírito Santo enfrenta um desafio nesse contexto que é o combate aos crimes de proximidade, que são aqueles quando a vítima possui algum vínculo com o assassino. O Estado registrou até o dia 23 de fevereiro um total de 181 homicídios contra 174 no mesmo período do ano passado. >
Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre Ramalho, parte considerável dessas mortes no Espírito Santo foi ocasionada por esses crimes de proximidade. >
"Nos chama muita atenção em janeiro e fevereiro esses crimes de proximidade, onde a vítima tem um certo relacionamento com o autor. E muitas vezes, em uma festa, numa confraternização, tem uma desavença resolvida com facadas. Nós tivemos 20% desses crimes de proximidade nesses homicídios, geralmente com facadas, foice e facão", destacou Ramalho em entrevista à TV Gazeta.>
O secretário apontou que esse tipo de crime dificulta uma ação preventiva por parte das forças de segurança. "Isso nos preocupa muito. É uma violência dentro de casa e aí o papel da polícia fica praticamente impossível de prevenir esse tipo de crime. Essa cultura da violência precisamos trabalhar em campanhas com os outros órgãos, como Ministério Público", alertou.>
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Ramalho ainda pontuou que 74% dos homicídios têm características de execução e que isso pode ter ligação com a guerra do tráfico de drogas. "São vários disparos nos corpos das pessoas. Geralmente a região da cabeça e abdomen atingidas, o que remonta à disputa do tráfico. O que mais nos preocupa é a faixa etária, tanto de quem mata, quanto quem morre: crianças de 12 anos a jovens de até 28", explicou.>
Um dos casos com características de crime de execução foi o de um corretor de imóveis, assassinado na porta de casa, no bairro Serra Dourada, na Serra, na noite desta segunda-feira (22). Jorge Vasconcelos, de 50 anos, estava chegando na residência quando foi surpreendido por criminosos que desceram de um carro e atiraram contra ele. A família suspeita de crime de execução. >
A esposa da vítima, Alice Vasconcelos, contou que chegou a ver os suspeitos fugindo no veículos "Ele (o Jorge) chegou com o carro. Parou com o carro em frente ao portão, abriu o portão e voltou para entrar no carro. E a gente só escutou os tiros, foram três a quatro tiros. Vi um veículo preto saindo correndo" , contou Alice, emocionada, em entrevista à TV Gazeta.>
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