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Corpo achado carbonizado em Guaçuí é de jovem que desapareceu em Alegre

Corpo achado carbonizado em Guaçuí é de jovem que desapareceu em Alegre

Beidy Eleotério Gonçalves tinha 27 anos. Ela saiu de casa na noite do dia 2 de setembro, e no dia seguinte, o corpo foi localizado na cidade vizinha, em Guaçuí

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 17:35

Local onde corpo foi encontrado carbonizado, e no destaque, a jovem assassinada
Local onde corpo foi encontrado carbonizado, e no destaque, a jovem assassinada Crédito: Montagem A Gazeta

A Polícia Científica e a Polícia Civil confirmaram, por meio de exame de DNA, que o corpo encontrado carbonizado em uma área de mata na região de São Felipe, zona rural de Guaçuí, no dia 3 de setembro, é da jovem Beidy Eleotério Gonçalves, de 27 anos. Ela havia desaparecido na noite anterior, 2 de setembro, em Alegre, cidade vizinha, no Sul do Espírito Santo.

Para A Gazeta, o delegado Fábio Teixeira Machado, explicou que o caso, que era tratado como desaparecimento, pela Delegacia de Alegre, passa a ser tratado como homicídio, em investigação a ser conduzida pela Delegacia de Guaçuí.

"A partir de agora, com o laudo, a gente passa agora a apurar o crime de homicídio e não mais de desaparecimento. As apurações agora vão ficar a cargo da Delegacia de Guaçuí, que é onde o corpo foi encontrado. Então, por enquanto, não existe autoria definida e nem motivação do crime. Mas as apurações vão seguir", detalhou o titular da DP de Alegre.

"Com relação à causa da morte, o laudo cadavérico indicou que ela não tinha lesões no corpo, ou seja, não tinha perfurações para objeto perfurocortante, não tinha lesões para objeto contundente, nem marcas de perfuração para o projétil de arma de fogo. O laudo disse que ela morreu pela questão do fogo mesmo, que foi a causa da morte, foram queimaduras pelo corpo da vítima."

Fábio Teixeira Machado

Delegado de Alegre

Procurada por A Gazeta, a Polícia Científica informou que o laudo de DNA realizado pela Polícia Científica "confirmou que o corpo encontrado carbonizado em Guaçuí pertence à mulher trans que estava desaparecida em Alegre".

A reportagem de A Gazeta procurou a família da jovem, que confirmou ter recebido a informação da polícia. Disseram ainda que o sepultamento do corpo deve ocorrer na segunda-feira (11), no município de Alegre. 

A cronologia do crime

  • 02 de setembro de 2024 - A jovem Beidy Eleotério Gonçalves, de 27 anos, sai de casa pouco antes de 20h. A família disse que ela não levou celular. Câmeras de segurança registraram ela caminhando tranquilamente pelo Centro de Alegre. Após isso, ela não foi mais vista.
Câmeras de segurança mostram Beidy Eleotério Gonçalves caminhando pelas ruas da cidade na noite do desaparecimento.

  • 03 de setembro de 2024 - A Polícia Militar comunica ter sido acionada para encontro de cadáver na região de São Felipe, na zona rural de Guaçuí; uma viatura vai ao local, e os policiais confirmam o fato. Com isso, a perícia da Polícia Científica é acionada. A Gazeta apurou que no mesmo dia, o perito que atendeu a ocorrência constou que o incêndio no cadáver havia sido recente, o que indica, segundo fonte da investigação ouvida pela reportagem, de que a jovem foi assassinada, queimada na mesma noite do desaparecimento ou na madrugada do dia seguinte.

  • No dia 28 de setembro, perto de completar um mês do desaparecimento, amigos e familiares realizaram uma manifestação pacífica em Alegre, pedindo mais empenho nas investigações para localizar Beidy.
Em setembro, manifestação de amigos e familiares cobraram agilidade da investigação
Em setembro, manifestação de amigos e familiares cobraram agilidade da investigação Crédito: Acervo familiar

Ajude a polícia

A Polícia Civil informou que informações que possam auxiliar no trabalho de investigação de pessoas desaparecidas podem ser passadas de forma sigilosa por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br, onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas.

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