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Conheça quem são os traficantes do ES escondidos no Rio de Janeiro

Conheça quem são os traficantes do ES escondidos no Rio de Janeiro

Os quatro nomes divulgados são de suspeitos do Norte capixaba e estão envolvidos com venda de drogas, homicídios, porte ilegal de arma de fogo e ocultação de cadáver

Publicado em 15 de abril de 2024 às 20:12

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Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro
Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, é uma das regiões escolhidas pelos traficantes. (Tânia Rêgo | Agência Brasil)

Quatro traficantes do Norte do Espírito Santo fugiram do Estado para se abrigar no Rio de Janeiro. Envolvidos com venda de drogas, homicídio, ocultação de cadáver e outros crimes, Bryan Lýrio Deolindo, de 33 anos, Atila Gonçalves Nunes, o "Taru", de 27 anos, Fábio José de Araújo, o "Binha", e Leandro Martins Araújo se encontram no Complexo de Favelas da Maré, na Zona Norte carioca.

Todos os quatro fazem parte do levantamento do jornal O Globo, divulgado nesta segunda-feira (15), sobre a ida de criminosos para o Rio. A informação foi confirmada à reportagem de A Gazeta pelo superintendente regional Norte da Polícia Civil do Espírito Santo, Fabrício Dutra. Além do grupo citado, outros seis criminosos estão espalhados pelas comunidades fluminenses. Os nomes deles não foram divulgados, para não atrapalhar as investigações. 

Do quarteto, segundo o superintendente Fabrício Dutra, Bryan é considerado o mais procurado na região capixaba e comanda o tráfico de drogas de ColatinaJoão Neiva e parte da orla de Aracruz.

Com cinco mandados de prisão em aberto, a ficha dele inclui os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e homicídio. Bryan é considerado o "cabeça" do quarteto. Veja, abaixo, o perfil dos criminosos:

  • 01

    Bryan Lýrio Deolindo, 33 anos

    Com cinco mandados de prisão em aberto é o chefe do tráfico de drogas nas cidades de Colatina, João Neiva e parte da orla de Aracruz. Na ficha dele constam os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e homicídio.

  • 02

    Atila Gonçalves Nunes, o Taru, 27 anos

    Foragido do sistema penitenciário, Taru tem mandado de prisão em aberto, condenação por homicídio (16 anos regime fechado), e é suspeito de envolvimento na morte e ocultação de cadáveres de indígenas em Aracruz.

  • 03

    Fábio José de Araújo, o Binha

    Está envolvido com o tráfico de drogas do Norte do Espírito Santo e possui três mandados de prisão em aberto.

  • 04

    Leandro Martins Araújo

    É filho de Binha, tem mandados de prisão em aberto e envolvimento com o tráfico de drogas no Norte do Espírito Santo.

Na Rocinha e outros estados

Outros dois traficantes do Norte do Estado também estão escondidos no território vizinho ao Espírito Santo, mas na Favela da Rocinha, localizada na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. A fuga, porém, não se restringe somente ao estado fluminense, com presença de criminosos capixabas em locais como Bahia e Minas Gerais

A escolha por esses espaços é devido às diversas possibilidades de esconderijos. Nas comunidades do Rio, por exemplo, outro fator auxilia os traficantes: as vielas são estreitas, o que torna complexa a passagem das corporações policiais. 

Aspas de citação

A gente vê a dificuldade de adentrar nessas comunidades do Rio de Janeiro. Você leva horas para andar 300 metros, assim eles [criminosos] conseguem fugir. É complicado e difícil avançar por ser tudo muito estreito. Vamos trocando informações com estados vizinhos e vemos que tem pessoas nossas nessas regiões. Assim vamos identificando durante as investigações também

Fabrício Dutra
Superintendente regional Norte da Polícia Civil do Espírito Santo
Aspas de citação

"Vila capixaba"

Conhecida como "Vila Capixaba", uma "nova área" do Espírito Santo é formada no Complexo da Maré, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Formada por duas vielas, no local vivem não só espírito-santenses comuns, mas também chefes de tráfico e aliados.

Os criminosos se deslocam até a região em busca de refúgio em território carioca. Pela identificação cultural, muitos procuram o local para se esconder. A maioria, segundo o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Eugênio Ricas, é envolvida com o tráfico de drogas.

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