Quatro traficantes do Norte do Espírito Santo fugiram do Estado para se abrigar no Rio de Janeiro. Envolvidos com venda de drogas, homicídio, ocultação de cadáver e outros crimes, Bryan Lýrio Deolindo, de 33 anos, Atila Gonçalves Nunes, o "Taru", de 27 anos, Fábio José de Araújo, o "Binha", e Leandro Martins Araújo se encontram no Complexo de Favelas da Maré, na Zona Norte carioca.
Todos os quatro fazem parte do levantamento do jornal O Globo, divulgado nesta segunda-feira (15), sobre a ida de criminosos para o Rio. A informação foi confirmada à reportagem de A Gazeta pelo superintendente regional Norte da Polícia Civil do Espírito Santo, Fabrício Dutra. Além do grupo citado, outros seis criminosos estão espalhados pelas comunidades fluminenses. Os nomes deles não foram divulgados, para não atrapalhar as investigações.
Do quarteto, segundo o superintendente Fabrício Dutra, Bryan é considerado o mais procurado na região capixaba e comanda o tráfico de drogas de Colatina, João Neiva e parte da orla de Aracruz.
Com cinco mandados de prisão em aberto, a ficha dele inclui os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e homicídio. Bryan é considerado o "cabeça" do quarteto. Veja, abaixo, o perfil dos criminosos:
Com cinco mandados de prisão em aberto é o chefe do tráfico de drogas nas cidades de Colatina, João Neiva e parte da orla de Aracruz. Na ficha dele constam os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e homicídio.
Foragido do sistema penitenciário, Taru tem mandado de prisão em aberto, condenação por homicídio (16 anos regime fechado), e é suspeito de envolvimento na morte e ocultação de cadáveres de indígenas em Aracruz.
Está envolvido com o tráfico de drogas do Norte do Espírito Santo e possui três mandados de prisão em aberto.
É filho de Binha, tem mandados de prisão em aberto e envolvimento com o tráfico de drogas no Norte do Espírito Santo.
Outros dois traficantes do Norte do Estado também estão escondidos no território vizinho ao Espírito Santo, mas na Favela da Rocinha, localizada na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. A fuga, porém, não se restringe somente ao estado fluminense, com presença de criminosos capixabas em locais como Bahia e Minas Gerais.
A escolha por esses espaços é devido às diversas possibilidades de esconderijos. Nas comunidades do Rio, por exemplo, outro fator auxilia os traficantes: as vielas são estreitas, o que torna complexa a passagem das corporações policiais.
Apesar de ser mais comum serem encontrados por aqui, há casos de prisão de capixabas no estado vizinho. Durante uma operação da polícia do Rio de Janeiro no Complexo da Maré, Luan Resende Buarque, o Luanzinho, chefe do tráfico de várias áreas de Vila Velha, foi capturado.
Conhecida como "Vila Capixaba", uma "nova área" do Espírito Santo é formada no Complexo da Maré, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Formada por duas vielas, no local vivem não só espírito-santenses comuns, mas também chefes de tráfico e aliados.
Os criminosos se deslocam até a região em busca de refúgio em território carioca. Pela identificação cultural, muitos procuram o local para se esconder. A maioria, segundo o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Eugênio Ricas, é envolvida com o tráfico de drogas.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta