Repórter / [email protected]
Publicado em 30 de maio de 2025 às 14:36
Foi através do vídeo feito pelo drone e publicado nas redes sociais (veja acima) que a Polícia Civil identificou o dono do equipamento que se aproximou e, com isso, colocou em risco um helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (Notaer), em Vila Velha. O dono do aparelho, que tem uma página no Instagram com imagens feitas pela pequena aeronave, é alvo de investigação. >
Segundo o delegado Rafael Correa, titular da Delegacia Especializada de Acidentes de Trabalho (Deat), o drone fez as imagens em 9 de fevereiro deste ano. "O autor desse crime publicou em redes sociais, inclusive fez collab com outros perfis (publicou em conjunto), que tiveram um alcance de cerca de 550 mil pessoas. Naturalmente algumas perceberam que tinha alguma coisa errada com um drone perseguindo um helicóptero. Esse caso rodou bastante, principalmente nos grupos de pilotos policiais, e com base nisso o Notaer foi cientificado e confeccionou o boletim de ocorrência", detalhou. >
O delegado explicou que o dono do drone, um comerciante de 34 anos, pode ter cometido dois tipos de crimes e também contravenções penais. São eles:>
>
Isso porque, de acordo com o delegado, a regra para pilotos de drone é a seguinte: caso qualquer aeronave tripulada se aproxime, o drone deve interromper o voo e pousar. "É terminantemente proibido um drone estar no ar quando houver a presença de qualquer tipo de aeronave tripulada. Ele optou por continuar voando e ainda perseguir o helicóptero fazendo imagens", destacou Correa. >
Mas, por que ele não poderia se aproximar do helicóptero? O comandante do Notaer, coronel Daniel Madeira Quintella, explicou: "O drone não é um lazer, isso está colocando em risco uma população que não sabe que o poderia ter acontecido no caso de uma situação de colisão de drone com uma aeronave. Em situações mais severas, após uma colisão, uma aeronave pode cair".>
No dia 9 de fevereiro, o helicóptero do Notaer estava sobrevoando a Praia da Costa, que estava cheia de banhistas, já que o dia estava com céu aberto. "Nossa aeronave estava fazendo patrulhamento de praia a baixa altura, a gente voa muito próximo, então claramente vimos a perseguição e aproximação do drone de forma intencional, colocando em risco não só o Notaer, mas todos que estavam ali", finalizou o comandante. >
O drone foi apreendido na casa do dono do aparelho, no bairro Jabaeté, na última terça-feira (27), e uma perícia será realizada. "Agora a gente vai identificar o exato local em que ele estava pilotando e o exato local em que o drone estava no momento das imagens, com isso a gente vai conseguir apurar também se ele estava desrespeitando a norma de distância máxima que um drone pode ficar do seu controlador", completou o delegado. >
Outro ponto é que, segundo a Polícia Civil, o drone estava voando de forma irregular. "Acionamos a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e ambas as respostas foram negativas, esse piloto não tinha nenhuma aeronave cadastrada na Anac e nem fez pedido de autorização de voo à Decea", disse Rafael Correa.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta