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Caso Andrielly: namorado é indiciado por feminicídio

Caso Andrielly: namorado é indiciado por feminicídio

O crime aconteceu no dia 4 de março, em Vila Velha, no apartamento em que a vítima morava com o namorado

Publicado em 23 de março de 2018 às 19:34

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Andrielly Mendonça, assassinada em Vila Velha. O namorado dela, Rubens de Almeida Júnior. (Arquivo Pessoal / Carlos Alberto Silva)

A Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher (DHPM) apresentou na tarde desta sexta-feira (23) o resultado das investigações referentes ao assassinato da professora Andrielly Mendonça Pereira dos Santos, que foi morta no último dia 4 de março dentro do apartamento em que morava com o companheiro, no bairro Planalto, em Vila Velha.

De acordo com o delegado Janderson Lube, titular da DHPM, o namorado de Andrielly, Rubens Júnior, foi responsável pelo assassinato. O delegado concluiu as investigações e declarou que a vítima foi morta por asfixia mecânica, porém, não é possível dizer se ele usou as mãos ou algum objeto como carregador de celular, que foi encontrado ao lado do corpo de Andrielly.

"O fato é que ele asfixiou Andrielly pelo pescoço. As investigações fazem 'cair por terra' tudo que a defesa do acusado apresentou", declarou Lube. O acusado, que declarou que não teve a intenção de matar a companheira, disse que tentou se defender porque Andrielly portava uma faca. Com as investigações concluídas, não foi encontrada nenhum objeto cortante na cena do crime. 

Com a conclusão das investigações, também é possível perceber que o assassino trancou todas as portas de acesso no apartamento para dificultar o socorro à vítima. O acusado declarou, também, que levou a filha de Andrielly, de apenas 2 anos, porque a criança certamente poderia 'fazer algum barulho'.

Na opinião do delegado Janderson Lube, Andrielly foi morta com frieza pelo acusado. Ele declarou, também, que não existe indício algum de uma terceira pessoa adulta na casa - o advogado de Rubens Júnior levantou essa hipótese. 

"Ainda não se sabe o motivo da briga, porque a violência doméstica acontece entre quatro paredes. Mas podemos afirmar que ela estava pensando em abandonar o namorado e sair de casa, já que uma bolsa foi encontrada com roupas e pertences pessoais de Andrielly e da filha dela", concluiu o delegado. 

Rubens Júnior foi indiciado por homicídio com os qualificadores 'meio cruel' e feminicídio e, também, por sequestro da criança e furto - porque ele levou da casa uma outra bolsa com roupas da criança.

RELEMBRE O CASO

Andrielly e Rubens eram namorados e moravam juntos em um apartamento no bairro Planalto, em Vila Velha. A filha da jovem, de dois anos, também residia com o casal. Os dois teriam brigado na madrugada de domingo (04) e Rubens foi visto por vizinhos saindo de casa com a criança. Minutos depois, Andrielly foi encontrada morta com um corte no pescoço dentro do quarto da filha. No dia do crime, a polícia informou que a arma do crime teria sido o fio de um carregador de celular.

Rubens chegou a ficar com a filha de Andrielly até o final da manhã de domingo, quando a entregou a familiares dele. A menina foi levada à Delegacia Regional de Vila Velha onde deixaram a criança com os parentes da jovem morta.

O advogado de Rubens, Carlos Henrique, também disse na última quinta-feira (08), que o suspeito estava com dificuldades de lidar com a situação, que ele estava assustado, não era bandido e nunca havia sido preso.

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A bebê de dois anos, filha de Andrielly, está sob os cuidados de Juciara Pereira dos Santos, tia de Andrielly e demais familiares.

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