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Capixaba preso por morte de grávida optou por outra mulher, diz polícia

Capixaba preso por morte de grávida optou por outra mulher, diz polícia

O professor de química Diogo Viola de Nadai é suspeito de mandar matar a companheira Letycia Fonseca; ele mantinha dois relacionamentos

Publicado em 11 de março de 2023 às 17:15

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Diogo Viola de Nadai ao lado da grávida Letycia Peixoto Fonseca; a gestante foi morta a tiros na última quinta-feira, em Campos
Letycia Peixoto Fonseca, ao lado de Diogo Viola de Nadai: ela foi morta a tiros, e o bebê também não resistiu após cesárea de emergência. (Reprodução)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro acredita que o professor de química Diogo Viola de Nadai, que é capixaba e foi preso sob suspeita de mandar matar a companheira grávida Letycia Fonseca, 31, arquitetou o crime ao decidir manter relacionamento com outra mulher.

De acordo com as investigações, Diogo mantinha duas uniões estáveis sem que uma companheira soubesse da outra. Para a polícia, a gravidez de oito meses de Letycia era um "momento crucial".

"Aproximava-se o momento da decisão. O filho estava próximo de nascer. Chegou um momento crucial de Diogo decidir o que fazer da vida dele, até que decidiu matar uma das duas e optou por matar a Letycia, eliminando seu grande problema. Não havendo mais uma das duas mulheres, o relacionamento com a outra estava solucionado", escreveu a delegada Natália Patrão, responsável pela investigação.

Diogo foi preso temporariamente na última terça-feira (7). Depoimentos levantaram suspeitas sobre seu comportamento após a morte de Letycia. Segundo a mãe da vítima, o professor dormiu " enquanto toda a família estava envolvida com o crime, todos acordados e revoltados".

"Na sexta (3), enquanto a família estava na rua agilizando as documentações, Diogo ficou em casa dormindo, mostrando total indiferença", afirmou a mãe da vítima à polícia.

"Quando Diogo soube do falecimento do filho Hugo, reagiu de forma exagerada, nitidamente como se fosse um teatro, gritando, berrando, mas a declarante (mãe da vítima) sentiu que era falsidade. No enterro a cena se repetiu, sempre usando óculos escuros, para esconder que não havia uma lágrima sequer", disse a delegada.

Em depoimento, antes de ser preso, o capixaba negou participação no crime. Depois da prisão, não quis se manifestar, segundo a delegada Natália Patrão, responsável pelo inquérito. Em nota, emitida também antes da prisão, os advogados dele afirmaram que as suspeitas não passavam de especulação.

Baleada com cinco tiros no último dia 2, em Campos dos Goytacazes, norte fluminense, Letycia passou por uma cesárea de emergência e morreu na cirurgia. O bebê, um menino, morreu horas após o parto.

Tanto o suspeito de ter feito os disparos da garupa de uma moto quanto o condutor do veículo foram presos. Também foi detido um homem apontado como intermediador entre o professor e os suspeitos contratados para o crime, além do dono da moto. No total, cinco pessoas já foram presas.

Noite do crime

Letycia havia saído de casa para dar uma volta de carro com uma tia e a mãe. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o veículo retorna após a volta no bairro. Foi quando o crime ocorreu.

No vídeo é possível ver que a mãe de Letycia, que já havia descido do veículo, tenta evitar que o homem continue a realizar os tiros e vai na direção dele.

Ele, então, cai da moto e realiza um disparo, que a atinge a perna da mãe da vítima, mas sem gravidade.

As imagens mostram que o atirador, após ser derrubado pela mãe da grávida, sobe novamente na moto; a dupla consegue fugir. No entanto, os dois foram presos dias depois.

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