2min de leitura
Os bandidos estão cada vez mais espertos e utilizando os meios eletrônicos para aplicar golpe. A cada segundo, um brasileiro sofre uma tentativa. Em Cachoeiro de Itapemirim, No Sul do Estado, apesar da redução desse tipo de crime em cerca de 15% neste ano, os números seguem altos: foram 811 de janeiro a maio, uma média de cinco registros por dia.
Somente no mês de abril foi uma tentativa de golpe no Brasil a cada 16 segundos neste ano, ou seja, em um dia são quase oito mil tentativas de golpes – boa parte deles acontece em algum equipamento eletrônico.
O designer de sobrancelhas Jonatan Neves, de Cachoeiro, é uma das vítimas que caíram em um golpe. No caso dele, o crime ocorreu por meio de uma rede social e ele acabou perdendo dinheiro. “No começo eles pediram para depositar R$ 50 que aquele dinheiro iria reverter para R$ 100. Coloquei e realmente consegui sacar o dinheiro. Então 'cresci o olho'. Nesse site você vende produtos, então fui vendendo produtos e eu não consegui mais sacar dinheiro”, contou.
Segundo a Secretaria de Estado Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), Cachoeiro de Itapemirim registrou 962 casos de golpes de janeiro a maio do ano passado e, em 2023, no mesmo período, 811.
O delegado Rômulo Carvalho, chefe da 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim, explicou quais são os tipos de golpes mais comuns. “Golpe, estelionato, visando a obtenção de dados financeiros das vítimas. Também golpes voltados a usar perfis de redes sociais das vítimas para enganar outras pessoas e se fazer uma cadeia de outras vítimas usando a imagem daquela primeira pessoa que teve seu perfil subtraído por um fraudador”.
Um dos meios eletrônicos usados para cometer o golpe é o telefone celular, por isso o especialista em tecnologia Flávio Izo explica que é importante ficar atento a algumas dicas para que a seja a próxima vítima.
“Não sair clicando, por exemplo, em qualquer link. Principalmente links compartilhados em redes sociais, esses links normalmente são atraentes por que oferecem empregos, oportunidades de empregos com salários altos, promoções, assim bem atrativas”, afirmou o delegado.
A influenciadora digital Milena Ferreira, de Cachoeiro, teve um problema após ter sua conta em uma rede social hackeada e o número de celular substituído. “Começaram a postar tabela de pix com valores absurdos para ganhar outros valores. Tudo no meu nome usando a minha foto usando meus vídeos como se fosse eu realmente. Infelizmente não deu tempo, muita gente já havia caído”, revelou.
A Polícia Civil alerta sobre a importância de as vítimas registrarem o boletim de ocorrência para que os crimes sejam investigados.
*Com informações de Gustavo Ribeiro, da TV Gazeta Sul.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta
A Gazeta integra o
