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Adolescente não atirou: polícia identifica e caça assassinos de PM em Vitória

Adolescente não atirou: polícia identifica e caça assassinos de PM em Vitória

Alex de Almeida Gomes, o "Feinho", e Claudstony Pereira Ramos, vulgo "Gaguinho", foram os executores do sargento Marco Romania, segundo a polícia

Publicado em 14 de março de 2022 às 13:20

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Antônio Marcos, Bruno Rocha, Claudstony Pereira e Alex Gomes, em ordem, envolvidos na morte do sargento Romania
Antônio Marcos, Bruno Rocha, Claudstony Pereira e Alex Gomes, em ordem, envolvidos na morte do sargento Romania. (Divulgação/PCES)

Os homens que atiraram contra o sargento Marco Romania, morto em um bar do bairro Joana D'arc, em Vitória, no dia 16 de fevereiro, ainda estão sendo procurados pela polícia. Alex de Almeida Gomes, o "Feinho", de 21 anos e Claudstony Pereira Ramos, vulgo "Gaguinho", 33 anos, foram apontados como os executores do policial. A Polícia Civil ressaltou que o adolescente de 17 anos, que havia se apresentado à polícia e assumido a autoria dos disparos, foi usado como bode expiatório para desviar o foco das investigações.

O delegado Brenno Andrade, da Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP), confirmou que Alex e Claudstony foram os atiradores. Ele pontuou que havia a suspeita de que o adolescente sequer estivesse entre os envolvidos, o que foi descartado pela polícia.

"Os dois que estão sendo procurados são os principais. Um efetuou o disparo após o policial reagir, o Alex, e o ‘Gaguinho’ foi o que finalizou. O adolescente foi colocado para assumir a responsabilidade dos disparos. A gente já desconfiava, já tinha dúvida se ele estava no momento do fato ou se ele nem estava lá. Mas foi confirmado que ele participou, mas não estava com arma de fogo", disse o delegado.

Além dos dois atiradores, outros dois envolvidos no crime tiveram as identidades reveladas. Antonio Marcos Nere Teixeira, 43 anos, era o motorista do carro utilizado na fuga dos criminosos, e Bruno Rocha Donato, vulgo "Orelha", 21 anos, também participou do crime. O inquérito foi concluído e os quatro já foram denunciados pelo Ministério Público. O adolescente de 17 anos não teve o nome revelado.

POLÍCIA CONFIRMA CRIME DE LATROCÍNIO

A Polícia Civil confirmou que o crime tratou-se de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, hipótese que fora levantada já no início das investigações. Brenno Andrade reiterou que a morte de Romania não teve relação com o fato de que ele era policial militar e que, de fato, foi uma tentativa de assalto ao bar.

"Não teve nenhuma relação com o fato de ele ser policial militar. Foi um assalto, os criminosos inicialmente queriam fazer um assalto em uma distribuidora de bebidas em Cariacica, a distribuidora estava fechada. Aí tiveram a ideia desse bar, porque acreditaram que nesse bar poderia ter alguma coisa de valor", disse.

Delegado Brenno Andrade (a esq.) confirmou que tratou-se de um latrocínio
Delegado Brenno Andrade (a esq.) confirmou que tratou-se de um latrocínio. (Divulgação/PCES)

O delegado completou, afirmando que os criminosos pensaram que Romania fosse um segurança do bar, uma vez que ele carregava consigo uma pistola de calibre .380. Isso é algo pouco usual para policiais, segundo Brenno Andrade. 

"O policial militar, em um primeiro momento, não tinha sido identificado. Eles foram encaminhados para um quarto em fila e o policial foi o único que foi para um local diverso. A partir desse momento, o Alex, vulgo ‘Feinho’, efetuou um disparo e, para nossa surpresa, de forma covarde, o 'Gaguinho' efetuou mais dois disparos com o policial já no chão", detalhou.

Os quatro envolvidos foram indiciados por latrocínio e associação criminosa. O "Gaguinho", conforme levantamentos da Polícia Civil, também está envolvido com roubos a estabelecimento comerciais na Grande Vitória, sendo um deles a uma lotérica, no qual foi utilizada uma bomba de fabricação caseira.

O CRIME

O sargento da PM estava em um bar de Joana D'arc, na Capital, quando foi baleado por bandidos, no dia 16 de fevereiro. Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho, o militar foi atingido por três disparos: um no pescoço, um na cabeça e outro na nuca.

Uma câmera de videomonitoramento de um comércio na região flagrou o momento em que suspeitos fugiram do bar. As imagens auxiliaram a polícia nas investigações.

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