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Acusado de matar Andrielly confessa ter atirado contra uma ex

Acusado de matar Andrielly confessa ter atirado contra uma ex

Rubens enviou mensagens para Andrielly confessando o crime; ela ficou assustada e avisou a família

Publicado em 10 de março de 2018 às 00:30

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Embora nunca tenha narrado à família comportamentos agressivos de Rubens, Andrielly demonstrou preocupação ao receber uma mensagem do namorado confessando ter atirado na direção da ex-mulher, no dia 28 de janeiro.

A jovem copiou a conversa e enviou para familiares, dizendo estar muito nervosa com toda situação.

Nas mensagens, Rubens, chamado por Andrielly de “Olhos lindos”, diz que teve que ir correndo para casa, pois estava sendo procurado pela polícia após descumprir a medida protetiva da ex-mulher, atirando contra a casa dela.

“Fui com meu amigo lá e dei um monte de tiro pra cima da (ex-mulher). Monte mesmo. Te disse que ia agir calado, sem ficar ameaçando. Amor, Você não sabe a raiva que estou passando”, disse.

Desesperada, Andrielly ainda indagou o namorado: “Tá louco. Por quê? Pra que isso? E pegou (os tiros) nela?”.

PRESO

Rubens de Almeida Dias Júnior suspeito de assassinar a namorada Andrielly Mendonça Pereira dos Santos se entregou à polícia nesta sexta-feira. (Carlos Alberto Silva)

Na saída da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa, a madrasta de Andrielly Mendonça, Ondina Mutz dos Santos, questionou Rubens de Almeida Dia Júnior sobre como a jovem morreu e ouviu como resposta "vai saber". Indiferente à emoção de Ondina, ele — que é o principal suspeito do crime — afirmou que não cometeu o assassinato. Rubens se entregou à Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (9). O crime aconteceu na madrugada de domingo (4).

DIÁLOGO

Ondina: Por que você fez isso com a Andrielly? A gente tratava você com tanto respeito e carinho. Me responde, por favor.

Rubens fica em silêncio.

Repórter: Está arrependido do que você fez?

Rubens: Eu não fiz.

Repórter: Você não fez?

Rubens: Não.

Ondina: Então como ela morreu?

Rubens: Vai saber

Ondina: "Vai saber"? Se era você quem estava com ela...

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CRIANÇA

A família de Andrielly afirma que a menina de dois anos presenciou o assassinato da mãe. "Esses dias minha netinha acordou no meio da noite falando: 'Mamãe, mamãe, bateu, bateu'", contou a madrasta da vítima. Por conta do comportamento da filha de Andrielly, de apenas 2 anos, Odina conta que uma psicóloga, amiga da famíia, se ofereceu para fazer o tratamento da menina. Segundo a avó, a pequena presenciou o assassinato da mãe.

"Ela vai dar um tratamento pra nossa netinha porque ela só chama a mãe toda hora. Nossa netinha não dorme mais direito, acorda assustada à noite. Ela presenciou a fatalidade. Ela tem que ter o tratamento. Se nós adultos temos que ter um acompanhamento, imagina uma criança de 2 anos que presenciou tudo", desabafou.

INVESTIGAÇÃO

Após ter se entregado na companhia de seu advogado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, Rubens foi preso e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Viana. Já havia sido expedido um mandado de prisão temporária contra ele. 

Ainda na delegacia, ele prestou depoimento e contou que deu um mata-leão na namorada. "Nós vamos confrontar a versão dele com as demais provas dos autos. Atualmente ele é investigado por homicídio qualificado", afirmou o titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher, Janderson Lube. 

O CASO

Andrielly e Rubens eram namorados e moravam juntos em um apartamento no bairro Planalto, em Vila Velha. A filha da jovem, de dois anos, também residia com o casal. Os dois teriam brigado na madrugada de domingo (04) e Rubens foi visto por vizinhos saindo de casa com a criança. Minutos depois, Andrielly foi encontrada morta com um corte no pescoço dentro do quarto da filha. No dia do crime, a polícia informou que a arma do crime teria sido o fio de um carregador de celular.

Rubens chegou a ficar com a filha de Andrielly até o final da manhã de domingo, quando a entregou a familiares dele. A menina foi levada à Delegacia Regional de Vila Velha onde deixaram a criança com os parentes da jovem morta.

O advogado de Rubens, Carlos Henrique, também disse na última quinta-feira (08), que o suspeito estava com dificuldades de lidar com a situação, que ele estava assustado, não era bandido e nunca havia sido preso.

A bebê de dois anos, filha de Andrielly, está sob os cuidados de Juciara Pereira dos Santos, tia de Andrielly e demais familiares. 

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