O Tribunal de Justiça do Estado d Espírito Santo (TJES) informou que 15 testemunhas deverão ser ouvidas na terceira audiência do casal de pastores Juliana Pereira Salles Alves e Georgeval Alves Gonçalves, acusados das mortes das crianças Joaquim Alves e Kauã Salles, no dia 21 de abril, na casa onde a família morava em Linhares, região Norte do Estado.
A presença dos pastores foi requisitada pela Justiça à Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) para a audiência de instrução e julgamento, que está marcada para acontecer nesta terça-feira (27), às 9 horas, no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, e não será aberta ao público, de acordo com o TJES, pois o processo tramita em segredo de Justiça.
A pastora Juliana Salles está detida no Presídio de Teófilo Otoni, desde o último dia 14, quando foi detida em uma loja no Centro da Cidade mineira, junto com uma amiga.
A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) de Minas Gerais informou que não recebeu nenhuma solicitação para que a pastora compareça à audiência, mas disse que o pedido de transferência para o ES está em andamento, e não há previsão de quando ocorrerá.
A família de Rainy Butkovsky, pai biológico de Kauã Butkovsky, de 6 anos, disse que somente o advogado Siderson Vitorino, que foi autorizado a entrar no processo, através de uma decisão judicial, irá comparecer na audiência. O advogado informou que já está em Linhares e comentou da expectativa da família em relação ao processo.
"Amanhã serão ouvidas as testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público e o que a família espera é que sejam extraídas das testemunhas a verdade suficiente para incriminar mais ainda o casal Juliana e Georgeval", disse.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que o pastor George Alves, conhecido como pastor George, permanece no Centro de Detenção Provisória de Viana II, na Grande Vitória, onde está preso desde o dia 28 de abril, acusado de estuprar e agredir o enteado Kauã e o filho Joaquim e depois ter colocado fogo nas crianças ainda vivas. Questionada sobre o transporte do pastor para participar da audiência no Fórum, a Sejus disse que não informa a movimentação do preso.
PRIMEIRA AUDIÊNCIA
A primeira audiência do caso aconteceu no dia 10 de outubro, na 1ª Vara Criminal de Vitória, onde foram ouvidos o pai de Kauã, Rainy Butkovsky, a avó paterna do menino, Marlúcia Butkovsky, peritos e investigadores do caso.
SEGUNDA AUDIÊNCIA
Na segunda audiência que aconteceu no dia 23 de outubro, no Fórum Desembargador Mendes Wanderley em Linhares, foram ouvidas 16 testemunhas do caso. A sessão durou cerca de 9 horas e foi marcada por protestos em frente ao Fórum de Linhares. Os pastores Georgeval Alves Gonçalves e Juliana Pereira Salles Alves também estiveram no local e chegaram juntos em uma van do sistema penitenciário.
MUDANÇA DE PROMOTOR
A promotora Rachel Tannenbaum, da 2ª Promotoria Criminal de Linhares, que conduziu as investigações finais que levaram à denúncia e a prisão da pastora Juliana Salles, informou à reportagem que não está mais à frente do caso, e quem assumirá o promotor Claudeval França Quintiliano.
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