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Reunião definiu como a polícia vai prosseguir, diz delegado de Linhares

Reunião definiu como a polícia vai prosseguir, diz delegado de Linhares

Romel Pio de Abreu Júnior, responsável pela investigação do incêndio que matou os irmãos Kauã, 6 anos, e Joaquim, se encontrou com peritos e bombeiros na manhã desta sexta

Publicado em 4 de maio de 2018 às 16:07

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Peritos da Polícia Civil participaram de reunião com o delegado do caso. (Samira Ferreira)

Terminou às 12h40 desta sexta-feira (04) a reunião conduzida pelo delegado Romel Pio de Abreu Júnior, responsável pela investigação do incêndio que matou os irmãos Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3, com peritos da Polícia Civil, delegados e militares do Corpo de Bombeiros que trabalharam na coleta de provas na casa onde aconteceu a tragédia no Centro de Linhares.

Ao final da reunião, Romel afirmou à reportagem do Gazeta Online que o encontro na 16ª Delegacia Regional de Linhares foi para avaliar o que se já tem até o momento em termos de investigação e como a Polícia Civil vai prosseguir. 

Participaram da reunião o comandante do Corpo de Bombeiros de Linhares, coronel Ferrari, outros três bombeiros, o delegado André Jaretta, a titular da Delegacia da Mulher de Linhares, Suzana Duarte Garcia, e o chefe do Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, Wanderson Lugão.

PERÍCIA PARTICULAR

Na manhã desta sexta. uma advogada que faz parte da defesa do pastor George Alves afirmou, por telefone, à reportagem do Gazeta Online, que vai pedir autorização da Polícia Civil para que uma perícia particular seja realizada na casa onde os irmãos Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3, morreram carbonizados em um incêndio.

PASTORA RECEBE AMEAÇAS

A pastora Juliana deixou a delegacia aos prantos nesta quinta-feira (3). (Frideberto Viega | TV Gazeta Norte)

A pastora Juliana Salles, mãe das crianças carbonizadas em Linhares, está recebendo ameaças de morte. A afirmação é dos advogados que fazem a defesa do pastor George Alves, preso no último sábado (28) por atrapalhar as investigações policiais.

Tragédia em Linhares; pastora recebe ameaças de morte

Ainda de acordo com os advogados voluntários que fazem a defesa do pastor, a mãe das crianças está muito abalada após a perda trágica de Kauã e Joaquim e que tem se sentido pressionada por causa de falsas notícias veiculadas nas redes sociais.

Juliana e George moravam há pouco tempo no imóvel, que era alugado. No dia da tragédia, 21 de abril, ela estava com o filho caçula em um congresso em Minas Gerais. Na casa incendiada estavam o pastor, o filho Joaquim e o enteado Kauã. George disse à polícia que tentou salvar as crianças, mas que não conseguiu.

DEPOIMENTO E CELULAR APREENDIDO

A pastora Juliana Salles prestou depoimento na 16ª Delegacia Regional de Linhares na manhã desta quinta-feira (3), e saiu do local aos prantos. Ela chorou durante o depoimento, que demorou quatro horas, e teve o celular apreendido pela polícia. Ela saiu da delegacia em uma viatura descaracterizada, ainda chorando.

Procurada pela reportagem, a defesa do pastor George informou que teve acesso ao inquérito policial e está estudando o caso. Uma junta com cinco advogados faz a defesa. Segundo uma das advogadas que representa o acusado, a polícia foi precipitada em prender o pastor, “uma vez que ele estava à disposição e em nenhum momento se recusou a prestar depoimento”.

Além disso, a defesa disse que não há fundamentos para a manutenção da prisão e reitera que acredita na inocência de George. Também questiona o fato de os peritos terem recolhido o ar-condicionado apenas na quarta-feira, “sendo que desde o início todos mencionaram a possibilidade do fogo ter iniciado no aparelho”.

Questionada sobre um possível pedido de habeas corpus, a defesa avisou que já está tomando as providências. Sobre o estado do pastor, a advogada não quis se pronunciar.

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Quem também prestou depoimento nesta quinta-feira foi um membro da Igreja Batista Vida e Paz, que emprestou o carro a George, um Classic preto. Na última quarta-feira foi realizada uma perícia no veículo com o uso do luminol, uma substância que detecta vestígios de sangue. O automóvel foi devolvido ao proprietário.

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