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MPES investiga denúncia de estupro de criança em Baixo Guandu

MPES investiga denúncia de estupro de criança em Baixo Guandu

Segundo a denúncia, menina teria sido estuprada pelo pai adotivo e estaria grávida; o caso tramita sob segredo de Justiça

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 17:22

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Conselho Tutelar de Baixo Guandu. (Wikipedia)

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) abriu um inquérito para investigar uma denúncia de estupro de uma menina de 12 anos que foi adotada e estaria grávida, em Baixo Guandu, região Noroeste do Estado.

A tia biológica da adolescente disse, em entrevista à TV Gazeta Noroeste, que ficou sabendo do caso pelas redes sociais e a adolescente teria sido estuprada pelo pai adotivo. Para preservar a vítima, a identificação da tia e dos pais adotivos não serão informados.

"Um áudio vazou e me mandaram. Falava sobre o caso de estrupo da menina que os pais adotivos faziam. Eu fui no Conselho Tutelar na segunda-feira (15), e o que eles me passaram é que houve o caso, mas que está em sigilo e não poderia dar informação. Todos os documentos que estavam no Conselho foram para a delegacia. A gente foi na delegacia e infelizmente eles não podem falar nada, pois o caso está em sigilo de investigação.", disse.

Ainda de acordo com a tia, há um registro de maus-tratos envolvendo o casal, a menina e o irmão dela (que também foi adotado pela mesma família) no Conselho Tutelar do município.

"No Conselho Tutelar me informaram que tem o caso, de 2010, de maus-tratos. Isso deve ser que batiam muito nas crianças. Agora, eu quero justiça. Se o pai biológico não puder ficar com a guarda, eu vou entrar com a guarda", completou.

Os irmãos, de 9 e 12 anos, foram adotados pelo casal de Baixo Guandu há 8 anos. A tia informou que o pai adotivo saiu da cidade e a família biológica não sabe onde as crianças estão.

O caso foi descoberto através de uma denúncia anônima na Polícia Civil, que encaminhou para o Conselho Tutelar do município. As conselheiras não quiseram gravar entrevista, mas informaram que foram até a casa e conversaram com a mãe adotiva, que confirmou que a menina estava grávida, mas não saberia dizer quem era o pai.

Sobre a ocorrência de maus-tratos, as atuais conselheiras não souberam dizer o que foi feito na época, por ser uma ocorrência antiga. O Conselho Tutelar informou que os irmãos estão sob a guarda da Justiça, mas não sabe se as crianças foram para um abrigo ou estão com algum familiar.

De acordo com o MPES, o procedimento tramita em segredo de Justiça, por envolver uma criança ou adolescente, conforme a legislação.

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A reportagem entrou em contato com as as duas empresas administradas pelo pai adotivo, mas funcionários informaram que ele não estava e não saberiam dizer o contato dele ou do advogado.

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