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Réus chegam ao Fórum para o segundo dia de audiências do caso Milena

Réus chegam ao Fórum para o segundo dia de audiências do caso Milena

As audiências do primeiro dia do processo de julgamento do assassinato da médica Milena Gottardi terminaram depois de 14 horas e meia de duração

Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 13:10

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Viaturas da Secretaria de Justiça trazendo os réus que serão ouvidos no segundo dia de audiências do processo de julgamento do assassinato da médica Milena Gottardi chegaram às 8h50 desta quarta-feira (17) no Fórum Criminal de Vitória, no Centro da Capital.

PRIMEIRO DIA

As audiências do primeiro dia do processo de julgamento do assassinato da médica Milena Gottardi terminaram depois de 14 horas e meia de duração. A médica foi baleada na saída do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), em 14 de setembro do ano passado, na Capital, e morreu no dia seguinte. O ex-marido de Milena, Hilário Frasson, e o sogro, Esperidião Frasson, são acusados de serem os mandantes do crime. No total, nove testemunhas de acusação intimadas pelo Ministério Público foram ouvidas nesta terça-feira (16).

O depoimento da mãe de Milena, Zilca Maria Gottardi, precisou ser interrompido três vezes porque ela chorava muito no momento da declaração na noite desta terça-feira (16). Muito abalada com a situação, Zilca já tinha pedido que os réus não estivessem presentes no momento em que fosse ouvida pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória, Marcos Pereira Sanches. Pedido que foi acatado e todos os réus seguiram para o presídio por volta das 18h40.

O irmão de Milena, Douglas Gottardi, a prima, Shintia Gottardi, e a amiga, Marcelle Gomes, que são testemunhas nesta terça-feira (16) também pediram para prestar depoimento sem a presença dos acusados. A advogada de Milena, Ana Paula Protzner, que foi a primeira a ser ouvida durante a manhã, também prestou depoimento sem os réus.

A previsão era de que o delegado responsável pelo caso, Janderson Lube, fosse a primeira pessoa a ser ouvida nesta terça-feira (16). No entanto, como a advogada de Milena, Ana Paula Protzner, pediu que os réus não estivessem presente no momento do depoimento dela, ela quem deu início ao julgamento.

Depois de Ana Paula, o delegado Janderson Lube foi ouvido por três horas. Devido ao longo tempo ocupado pelo depoimento do policial, as outras três pessoas que seriam ouvidas durante a manhã tiveram que passar para a parte da tarde.

No momento do intervalo para o almoço, familiares de Milena estavam com faixas e cartazes pedindo justiça na frente do Fórum. Também durante o intervalo, a defesa de Dionathas Alves Vieira — acusado de atirar contra a médica Milena — e de Bruno Rodrigues Broetto — acusado de ter roubado a moto utilizada por Dionathas no dia do crime — conversou com a imprensa e se mostrou otimista neste primeiro dia de audiências do processo.

Familiares de Milena fizeram vigília no primeiro dia de audiências . (Bernardo Coutinho )

"O depoimento do delegado (Janderson Lube) foi esclarecedor. Não há uma testemunha que indique que o Bruno sabia do crime, não há uma interceptação telefônica. Essa ausência de provas contra ele foi determinante", afirma o advogado Leonardo da Rocha de Souza, que representa Bruno e Dionathas.

Dionathas confessou ter atirado em Milena quando ela saía do plantão no Hucam, em Vitória, em setembro do ano passado. Ele afirma que cobrou R$ 2 mil pelo serviço e que dividiu o dinheiro com Bruno. O trabalho de Bruno teria sido roubar uma moto, que foi utilizada por Dionathas no crime. Segundo o advogado, Bruno não sabia que a moto roubada seria utilizada no assassinato da médica.

Leonardo diz que Dionathas colabora desde o início com as investigações. "Foi ele que indicou onde Bruno estava, ele que mostrou aonde estava a moto usada no crime, foi a partir dele que chegaram aos demais acusados. Se isso não for colaboração, eu não sei que é", ressaltou o advogado.

"Para a defesa esses depoimentos foram muito bons", finalizou.

PARTE DA TARDE

A disposição dos réus na sala de audiência no primeiro dia de depoimentos . (Arte)

O julgamento foi retomado por volta de 15 horas e o policial civil Igor de Oliveira prestou depoimento. Em seguida, a testemunha que começou a ser ouvida por volta de 16 horas foi a amiga de Hilário, Edineia Alvarenga. Os dois trabalharam juntos na Polícia Civil.

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Por volta de 17h20, a médica Maria Isabel começou a ser ouvida. A testemunha acompanhava Milena na saída do plantão na noite do crime. Já na parte da noite, às 18h50, a amiga de Milena, Marcelle Gomes, começou a ser ouvida. Depois dela, às 19h20, a mãe de Milena, Zilca Maria Gottardi, deu início ao depoimento. O irmão de Milena, Douglas Gottardi começou a ser ouvido as 21 horas. Depois dele, a prima de Milena, Shintia Gottardi foi ouvida. A família saiu do Fórum sem falar com a imprensa.

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