Acusado pelo estupro de duas adolescentes, e morte de uma delas, Ademir Lúcio Ferreira de Araújo, de 55 anos, quer mudar seu destino na tarde desta quarta-feira (17), quando ocorre no Tribunal de Justiça do Espírito Santo o julgamento de um dos seus recursos. A audiência acontece um ano após a estudante Thayná Andressa de Jesus Prado, 12 anos, desaparecer. Ela foi estuprada e morta.
> A ficha criminal do assassino da menina Thayná
A audiência que será realizada na Segunda Câmara Criminal, cujo processo está em segredo de Justiça, é sobre o estupro de uma adolescente de 11 anos, outra vítima de Ademir. Por decisão da 1ª Vara Criminal de Viana, ele vai responder por estupro de menor de 14 anos, com sequestro ou cárcere privado. Em maio deste ano, ele decidiu recorrer contra esta decisão, tentando reduzir as acusações. O relator do caso é o desembargador Sérgio Bizzotto Pessôa de Mendonça.
Três dias após o estupro da jovem de 11 anos, Ademir sequestrou a estudante Thainá. Ela foi vista com vida pela última vez, quando entrava em um carro cinza, pertencente ao acusado.
REVEJA VÍDEO
Vinte e quatro dias depois, sua ossada foi encontrada próximo a uma lagoa, em um local ermo, em Viana. Após investigações e denúncia do Ministério Público estadual, a Justiça Criminal de Viana decidiu no dia 11 de maio deste ano que Ademir enfrentará o Júri Popular.
> Ademir foi preso no Rio Grande do Sul
Ele também recorreu contra esta denúncia em maio deste ano. O caso também está sendo analisado pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O relator é o desembargador Adalto dias Tristão. Segundo o andamento processual, o caso está concluso para julgamento desde o dia 4 de setembro. Enquanto não há uma decisão sobre o assunto, Ademir fica impedido de sentar no banco dos réus.
A reportagem tentou contato com a defesa de Ademir, mas não foi encontrada.
ADEMIR QUER INDENIZAÇÃO
Outro caso envolvendo Ademir e cujo julgamento também foi postergado diz respeito ao pedido de indenização por ele solicitado contra o Estado. Ele ingressou com uma ação na Justiça estadual pedindo indenização por dano moral, no valor de R$ 52,8 mil. Alega que foi torturado pelos agentes penitenciários durante o período em que ficou detido no sistema prisional capixaba, entre os anos de 2015 a 2016, o que teria lhe causado danos à saúde.
> Em vídeo, Ademir falou sobre Thayná
O julgamento do caso foi prorrogado para o dia 20 de fevereiro do próximo ano. Segundo o processo, a Defensoria Pública, que faz a defesa de Ademir, informou que ele estava tendo dificuldades para localizar as testemunhas que tinha indicado e que o ajudariam a provar a suposta tortura. Em decorrência disso foi solicitado um prazo maior, que foi concedido pelo juiz.
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