Na virada de 2016 para 2017, um cavalo da Polícia Militar descontrolado por causa do barulho dos fogos chamou a atenção de quem passava em algumas avenidas em Vitória. Um vídeo do animal em disparada (veja abaixo) chegou a ser feito na Avenida Rio Branco, na Praia do Canto.
O cavalo acabou atingindo um veículo Chevrolet Corsa, causando perda total. Naquele dia, quatro pessoas estavam dentro do veículo e passavam pela Avenida Vitória voltando para casa quando o fato ocorreu, por volta de 1h20. Como o carro não tinha seguro, a família esperava ser ressarcida pelos danos, mas depois de um ano e duas audiências na Justiça, nada foi resolvido ainda.
Na Justiça, o processo estava concentrado no 3º Juizado Especial Criminal da Fazenda Pública. Após realizadas audiências, no final de setembro de 2017 a juíza responsável pelo caso, Maria Nazareth Caldonazzi de Figueiredo Cortes, remeteu o processo para a Comarca da Serra, de onde é a família responsável pelo veículo.
O processo foi iniciado no município serrano apenas no dia 30 de novembro deste ano e segue em trâmite, sem novas movimentações. A dona do carro, que prefere não ser identificada, conta que até hoje a família não comprou um novo veículo, ainda esperando que alguma indenização saia na ação.
Não tivemos fundos para comprar outro carro. A gente fica prejudicado para ir em vários lugares, como ao supermercado. Temos que ficar pagando táxi. E o carro danificado está parado, sem poder ser usado, mas temos que ficar pagando os impostos ainda assim, declara.
A dona do carro lembra que ficou assustada com a situação, mas ninguém ficou ferido com o ocorrido. Espero que sejam sensatos e a gente consiga algo na Justiça, já que não tivemos culpa nenhuma por isso. Nunca você pensa que seu carro vai ser atropelado por um cavalo, pois foi isso praticamente o que aconteceu. O contrário a gente até pensa, observa.
No dia, segundo a dona do carro, a Polícia Militar, responsável pelo cavalo, já acompanhava o animal e prestou os primeiros socorros à família, mas depois nada mais foi feito.
A gente acionou a Corregedoria da PM administrativamente, mas, como demorou, tivemos que partir para a Justiça. Esperamos que nos próximos meses a Justiça dê alguma resposta e saia alguma indenização sobre essa situação, mas ainda está muito devagar, ressalta.
O OUTRO LADO
Segundo a Polícia Militar, foi aberto um inquérito técnico para apurar o caso administrativamente. A assessoria de imprensa não soube precisar o resultado. Sobre o cavalo, a PM disse que, na ocasião, o animal foi medicado e ficou bem. Hoje ele é usado pelos policiais normalmente.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta