Alguns ex-moradores das casas em Morada da Barra, em Vila Velha, acreditam que podem ter sido vítimas de um golpe. Esse é o caso do auxiliar de pedreiro Robson Silva, de 44 anos. Ele possui um recibo de compra e venda do imóvel e pagou R$ 7 mil pelo terreno.
O nome da pessoa que vendeu o terreno para ele não faz parte da lista dos 24 proprietários que possuem a escritura do terreno. Eu não desconfiei de nada na hora da compra, acreditei na pessoa e peguei o documento, relatou.
O defensor público do Núcleo de Defesa Agrária e Moradia, Vinicius Lamego, disse que o órgão atuou para que as famílias fossem abrigadas após a desapropriação. Em relação a compra dos terrenos, não está atuando no caso.
Essas pessoas muitas vezes compram de boa-fé e acreditam que os donos eram outras pessoas. No entanto, após a reintegração não fomos mais procurados por elas, disse.
O advogado particular contratado pelas famílias foi procurado, mas não respondeu às mensagens e ligações até a publicação desta matéria.
INVESTIGAÇÃO
Tramita na Justiça apenas o processo cível de reintegração de posse. No entanto, não foram encontrados processos referentes a compra do terreno pelas pessoas que foram desalojadas.
O Ministério Público do Espírito Santo verificou que o caso envolve uma área privada. As partes da demanda são particulares. Por esse motivo, o tema não se encontra inserido nas atribuições da Promotoria de Meio Ambiente e Urbanismo de Vila Velha e, portanto, o MPES não atua no caso.
A Polícia Civil disse apenas que é necessário que o caso seja formalizado em uma delegacia para a investigação. A Polícia Civil pede que as vítimas registrem a ocorrência em qualquer delegacia, munidas de todo material que comprove o crime e que auxilie a polícia no trabalho de investigação, disse em nota.
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