O GVBus informou na tarde desta segunda-feira (3) que o número de ônibus que circularam no início da manhã e em horário de pico foi menor do que o determinado pela Justiça, que era 70% em horário de pico, e nos demais horários, 50%.
Segundo o sindicato, das 5h às 6 horas, apenas 24% da frota saíram das garagens. Das 6h às 9 horas, a quantidade de veículos circulando não passou de 63%.
O GVBus oficializou nesta segunda-feira ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) a situação, envolvendo os coletivos. No pedido, o sindicato solicitou uma multa diária no valor de R$ 200 mil, além do aumento desse valor. As empresas também entraram com uma ação, no qual pedem a decretação da abusividade e ilegalidade da greve, descontando os dias parados e solicitando a realização de audiência de conciliação entre as partes.
A reportagem acionou o SindiRodoviários, que disse ter cumprido até agora o que determinou a Justiça e nega as acusações do GVBus.
SEM ACORDO
Terminou sem acordo a reunião entre rodoviários e empresas de transporte coletivo, no começo da tarde desta segunda-feira (03). A conversa entre funcionários e patrões iniciou às 13 horas e durou cerca de dez minutos. Os rodoviários não aceitaram a nova proposta e decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
Inicialmente, antes da publicação do edital de greve na última semana, as empresas de ônibus ofereceram um reajuste de 2% para os funcionários. A proposta foi recusada, e na última sexta-feira (30), os sindicatos patronais de GVBus e Setpes ofereceram uma contraproposta de 3% de reajuste nos salários, que também não foi aceita. Na reunião desta segunda-feira (03), a GVBus manteve 3% de reajuste no salário e ofereceu 3% no tíquete-alimentação e no plano de saúde. Apesar dos avanços, o Sindirodoviarios rejeitou a proposta.
A categoria quer 4% de reajuste no salário mais a inflação, plano de saúde integral e R$ 2,50 a mais por dia no tíquete-alimentação.
"A única coisa que eles ofereceram foi 3% em cima do tíquete-alimentação, em cima do plano de saúde e em cima do seguro de vida, mais nada. A gente não aceita, porque a proposta não está no anseio da categoria. O que a gente quer é o índice da inflação, que é de 4% no período, mais ganho real, queremos plano de saúde integral", afirmou o o presidente do Sindirodoviários, José Carlos Salles.
Ainda segundo Salles, o Sindirodoviários ainda tenta recorrer na Justiça da decisão que determina que 70% da frota esteja na rua nos horários de pico (de 6h às 9h e de 17h às 20h) e, nos demais horários, 50%.
"O jurídico está tentando também derrubar a liminar. O que diz a lei é 30% (da frota na rua) para fazer a greve dentro do que a gente espera. A greve continua, mas sempre respeitando a Justiça e mantendo o foco na reivindicação dos nossos direitos", explicou.
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