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Guarda de Vila Velha alerta para que vítimas representem criminalmente

Guarda de Vila Velha alerta para que vítimas representem criminalmente

Simone teve morte cerebral depois de ser socorrida e encaminhada para o Hospital São Lucas, em Vitória

Publicado em 5 de maio de 2018 às 15:23

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A Guarda de Vila Velha se manifestou sobre a morte da empresária Simone Venturini Tonani, de 42 anos. Ela foi morta enquanto dirigia seu carro, após um morador de rua atirar um vergalhão que penetrou cerca de 20 centímetros na cabeça. A mensagem dos policiais diz que as ações de abordagem estão sendo reforçadas, mas que nem sempre esses atos surtem efeito, "inclusive pela falta de vítimas que desejam representar criminalmente contra aquelas que atentam em desfavor da segurança pública", como diz trecho da mensagem.

"Neste momento difícil de perda de uma vida, nos unimos aos demais cidadãos e moradores, bem como familiares e amigos da vítima desse ataque", diz o texto, publicado no Facebook da guarda. Leia:

PASSAGENS PELA POLÍCIA

Felipe Rodrigues Gonçalves, de 31 anos, identificado como o morador de rua que matou a empresária após atirar um vergalhão na cabeça dela, tem ao menos outras quatro passagens pela polícia.

6 de dezembro de 2017: tentou furtar uma loja de calçados no Centro de Vila Velha, na Praça Duque de Caxias. Foi detido e liberado.

11 de dezembro de 2017: foi para o DPJ de Vila Velha acusado de arranhar a lateral de um carro. Foi liberado.

4 de janeiro de 2018: foi preso tentando abrir um porta-malas de um veículo utilizando um guarda-sol e um alicate. Foi encaminhado para o DPJ de Vila Velha e foi solto.

Preso morador de rua que atirou vergalhão em mulher, em Vila Velha23 de março de 2018: um morador da Praia da Costa o reconheceu como uma pessoa que estava furtando bicicletas de um condomínio. A polícia o abordou e encontrou drogas com ele. Foi levado para o DPJ de Vila Velha e liberado. 

EMPRESÁRIA MORRE COM VERGALHÃO NA CABEÇA

Cerca de 20 centímetros de um vergalhão que estava em uma obra na Avenida Champagnat, em Vila Velha, penetraram na cabeça da empresária Simone Venturini Tonani, de 42 anos. Ela foi socorrida para o Hospital São Lucas, em Vitória, mas não resistiu e morreu. O crime aconteceu após ela buscar o filho, de 8 anos, em um colégio particular da Praia da Costa.

FILHO VIU A MÃE SER ATINGIDA POR VERGALHÃO

O filho de apenas oito anos da empresária Simone Venturini Tonani, 43 anos, presenciou o momento que a mãe foi atingida por um vergalhão jogado por um morador de rua na Praia da Costa. Ele estava no carro e foi retirado por pessoas que se aproximaram da cena na Avenida Champagnat, em Vila Velha, por volta das 18h34 desta sexta-feira (4). Ele foi acolhido por uma vizinha da vítima, onde ficou até por volta das 22h, até que a família fosse buscá-lo.

Simone Venturini Tonani, de 42 anos, é proprietária de uma loja de materiais de construção e ferramentas em Cariacica. Ela morava na Praia da Costa, em Vila Velha, e na hora do crime havia acabado de pegar o filho em um colégio particular da região. 

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É algo irreparável. E não sabemos como será a vida dessa criança, que com oito anos de idade perde a mãe

Marcos Venturim, primo da vítima
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De acordo com um primo de Simone, o também empresário Marcos Venturini, foi o menino que desbloqueou o celular para que a família da mulher fosse informada do acidente. "As pessoas que o retiraram do carro foram muito solidárias. Ele que desbloqueou o celular e está consciente de tudo. Ele só não sabe da situação atual. Isso nós ainda estamos esperando um pouco para decidirmos como contaremos", diz.

Marcos lamenta a morte da prima e acredita que o episódio poderia ter sido evitado. "Pelo que nós sabemos, ele (o morador de rua) tem outras passagens pela polícia e não é a primeira vez que ele se envolve em uma situação parecida. Então não era para ele estar ali", avalia.

O empresário Marcos Venturini, primo da mulher morta com um vergalhão na cabeça, em Vila Velha. (Carlos Alberto Silva)

Segundo Marcos, os pais da empresária estão profundamente sensibilizados.

FAMÍLIA ESTÁ SE SENTINDO INSEGURA

Para o empresário, toda a família está se sentindo insegura e, ainda, enfrentando a dor da perda. "Nós estamos falando de uma avenida extremamente movimentada, no Centro de Vila Velha. O trânsito, se olharmos as imagens, está fluindo lentamente, ninguém estava correndo. Poderia ter sido eu ou minha esposa...", diz.

Ele afirma que ninguém poderia imaginar que em um trajeto de aproximadamente 400 metros isso fosse acontecer. "Você pensa em uma mãe indo buscar o filho na saída da escola, na sexta-feira, com a criança dentro do carro, e voltando para casa passa por uma situação dessa", lamenta.

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Com informações de Rafael Silva

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