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Greve dos rodoviários: a volta para casa no primeiro dia de paralisação

Greve dos rodoviários: a volta para casa no primeiro dia de paralisação

Poucos ônibus nas ruas e pontos de ônibus vazios: este é o cenário da noite desta segunda-feira (12), primeiro dia de greve dos rodoviários

Publicado em 23 de agosto de 2019 às 02:26

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Ônibus da linha 526 (Terminal de Campo Grande / Terminal de Vila Velha) sai do Terminal de Vila Velha por volta das 18h45 desta segunda-feira (12). (Kaique Dias)

Por volta das 18 horas desta segunda-feira (12), após a assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES) no Centro de Vitória, alguns ônibus do Sistema Transcol já foram vistos circulando pela Grande Vitória. Apesar de anunciar que a manifestação continua nesta terça-feira (13), a categoria garantiu que vai acatar a ordem judicial e colocar 75% da frota nas ruas.

De acordo com a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES), a frota do Transcol conta com 1.598 carros e, destes, 1.260 veículos devem circular nesta terça-feira (13). Questionada pela reportagem do Gazeta Online, a companhia informou que não sabe precisar quantos já estão nas ruas ainda nesta segunda.

Por volta das 19h, os pontos de Vitória que costumam ficar cheios neste horário estavam bem vazios, assim como os terminais. Na Avenida Vitória os pontos também estão mais vazios que o normal. Por lá, passaram mais ônibus, mas com poucos passageiros.

O porteiro Osias Pereira da Silva, de 42 anos, estava indo para Cariacica quando soube da paralisação. "Pela manhã foi tenso, eu acordei antes das 5 da manhã e só consegui chegar no trabalho às 11 horas mas, mesmo assim, porque a empresa me buscou. Agora no começo da noite, me aventurei e consegui pegar um ônibus aqui no terminal. Estou na esperança de chegar em casa o mais cedo possível", contou.

O porteiro Osias Pereira da Silva, de 42 anos. (João Henrique Castro | Residente)

Para o cozinheiro Carlos Augusto, de 49 anos, também não foi fácil. Ele teve que pegar um carro de aplicativo e acabou gastando mais que o esperado. "Peguei R$ 35 em uma viagem que, normalmente, é R$ 18. Eu não posso gastar esse dinheiro sempre, só paguei para cumprir o meu compromisso com o emprego", comentou.

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Cheguei no terminal 4 e meia da tarde e estou aqui até agora sete horas da noite, já vi que passaram algumas linhas mas a minha ainda não passou. Eu respeito o direito à greve, mas ficamos prejudicados, principalmente no nosso trabalho

Carlos Augusto, cozinheiro
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Cozinheiro Carlos Augusto, de 49 anos. (João Henrique Castro | Residente)

TRT-ES CONVOCOU AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

A presidência do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) convocou na noite desta segunda-feira (12) uma audiência de conciliação para solucionar a greve dos rodoviários. Participam da audiência representantes do Sindirodoviários, Governo do Estado, e representantes das empresas. A audiência foi convocada pela presidente do TRT-ES, Ana Paula Tauceda, e acontece na sede do tribunal, no Centro de Vitória.

Da esquerda para a direita, Procurador Robson Bortolini, Procurador-chefe da Procuradoria Trabalhista (setorial da PGE), Edmundo Espíndula, Secretário de Mobilidade Urbana, Fábio Damasceno, Procurador-geral, Rodrigo Francisco de Paula, Subprocurador para assuntos jurídicos, Jasson Hibner Amaral. (José Carlos Schaeffer | CBN Vitória)

JUSTIÇA AUMENTA MULTA PARA R$ 200 MIL

Uma nova decisão do Tribunal de Justiça do Estado, na noite desta terça-feira (12), aumentou a multa a ser aplicada ao Sindicato dos Rodoviários pelo descumprimento de decisão judicial para o valor de R$ 200 mil por dia. No último sábado, a Justiça já havia determinado que pelo menos 75% da frota de ônibus da Grande vitória circulasse, o que não ocorreu.

Também houve descumprimento de outros pontos determinados pela Justiça estadual, que havia impedido, em liminar, que não houvesse bloqueios e piquetes para impedir ou tumultuar o trânsito na Região Metropolitana da Grande Vitória, que os ônibus não fossem impedidos de saírem das garagens e a não realização do movimento conhecido como “catraca livre”, tudo sob pena de multa. Nada disso foi cumprido.

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Esta matéria contou com a colaboração dos residentes João Henrique Castro e Matheus Effgen.

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