Silêncio e muita comoção durante o enterro da menina Rebeca Menezes Santana, de 4 anos. Na manhã deste domingo (04), no Cemitério Municipal de Santa Inês, no bairro Santa Inês, Vila Velha, familiares, conhecidos e pessoas que acompanharam o caso foram dar seu último adeus à pequena.
Rebeca estava internada em estado gravíssimo, na UTI do Hospital Infantil de Vitória, desde o último sábado (24), quando foi atropelada junto da mãe e dois irmãos, na Avenida Carlos Lindenberg, em Aribiri, Vila Velha. A menina morreu na última sexta-feira (02).
O pai da menina, o pintor automotivo Raylan Rodrigo Santana, estava desolado e a mãe, Danielly Conceição Menezes Vasconcelos, não conseguiu comparecer ao enterro da filha.
Simone Ramos Santana, prima de Raylan, conversou com a equipe do Gazeta Online e disse que a família espera que a justiça seja feita.
"É mas fácil matar com um carro do que com uma arma. A pessoa bebe e mata. A Danielly atravessou no local certo com as crianças e ele as atropelou. Esperamos justiça e que a pessoa que beba tenha medo de pegar no volante", disse.
TRANSPLANTE
Os pais da menina decidiram doar os órgãos de Rebeca. Mesmo em um momento difícil, a escolha pode trazer conforto para outras famílias que aguardam por um transplante pediátrico. "Ficamos felizes porque com isso, salvamos outras crianças", comentou Simone, prima da menina.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população pediátrica do país é de 64,3 milhões milhões de pessoas. Desse total, de acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), só no ano passado, quase 1,2 milhão aguardavam um transplante no ano passado e apenas 48% conseguiram receber um órgão novo. Além disso, cerca de 40% das famílias de possíveis doadores ainda resistem em autorizar o transplante infantil.
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