> >
Capitão: pessoas soltaram foguetes na direção de resgatado na ponte

Capitão: pessoas soltaram foguetes na direção de resgatado na ponte

O chefe da operação de resgate, capitão do Corpo de Bombeiros Afonso Amorim, explica sobre como a ocorrência de salvamento funcionou e porque a ponte precisa ser fechada

Publicado em 11 de setembro de 2018 às 15:21

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Capitão Afonso Amorim participou da operação na noite desta segunda-feira na Terceira Ponte. (Carlos Alberto Silva)

O capitão do Corpo de Bombeiros Afonso Amorim, chefe da operação de salvamento realizada nesta segunda-feira (10) na Terceira Ponte, que durou oito horas, explicou, durante coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira (11), como foi o trabalho dos bombeiros para que uma vida fosse salva e falou sobre o momentos de maior dificuldade para o resgate do homem, como o caso de pessoas chegaram a soltar foguetes e até a direcionar focos de luz na vítima.

O capitão afirma que, após interdição da via e observação da vítima, o caso é avaliado para que um protocolo adequado seja utilizado e o resgate aconteça com sucesso. Segundo Amorim, o caso desta segunda se caracterizou pela vítima ser esquizofrênica, que seria mais difícil de lidar, por não haver uma linha de raciocínio lógico definida.

POR QUE A INTERDIÇÃO TOTAL DA VIA?

O chefe da operação afirma que, em outros casos, em que a Terceira Ponte tinha o trânsito parcialmente liberado, a atitude das pessoas que passavam acabava atrapalhando a ação dos bombeiros. Amorim explica que, assim que os bombeiros chegam ao local, são definidas três áreas de atuação: um espaço para a população, outro específico para a imprensa e outro de atuação da equipe responsável pela ocorrência.

Questionado sobre a demora para que o trabalho fosse concluído, o capitão afirma que o importante, no momento, é salvar uma vida

"A gente não entende que demorou tanto porque não tem como mensurar, comparar horas de trabalho com a questão da vida salva. Então, se foi oito horas, não temos como falar se foi pouco ou muito tempo porque a gente salvou uma vida. Se fosse demorar 24, 30 horas de ocorrência, o Corpo de Bombeiros permaneceria no local para tentar salvar essa vida", explica.

COMO AS PESSOAS QUASE ATRAPALHARAM O RESGATE

O capitão explica que, mesmo com a via fechada, pessoas de prédios próximos ou que estavam próximas à estrutura da ponte chegaram a soltar foguetes e até a direcionar focos de luz na vítima, e que isso é um fator de alto risco para que o resgate tenha sucesso.

"O ponto mais difícil foi a questão da compreensão da sociedade. Tinha um isolamento, porém as pessoas que estavam na ponte tentavam estimular a tentativa, as que estavam no bairro próximo, fora da ponte, nos prédios ao redor, tentavam estimular a pessoa querendo resolver o problema delas, não resolver o problema da vida que estava ali envolvida. "

Depois que a vítima foi resgatada, Amorim explica que ela foi levada por uma ambulância para um hospital especializado em Cariacica. Mas que essa finalização depende do caso de cada paciente.

"Cada caso é um caso específico e tem um tratamento", ressalta. Segundo o capitão, há cursos para especialização dos bombeiros e treinamento para que eles consigam manter o foco no trabalho mesmo em situações de estresse e cansaço, como essa. E que, para eles, é uma "sensação de glória" concluir uma ocorrência de tentativa de suicídio com êxito e salvar uma vida.

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais